Dmitry Muratov, que esta sexta-feira foi um dos galardoados com o Prémio Nobel da Paz pela sua defesa da liberdade de imprensa e de expressão, revelou que teria dado o prémio a Alexei Navalny, o opositor russo que se encontra preso.
"Teria votado na pessoa em quem as casas de apostas estavam a apostar. E essa pessoa tem todo o futuro pela frente. Falo de Alexei Navalny", disse o jornalista russo.
O editor do jornal russo Novaya Gazeta dedicou o prémio aos colaboradores da sua redação que foram assassinados e confessa que “não sabe” como é que a atribuição do Prémio Nobel da Paz “influenciará a censura que foi posta em prática”.
O jornalista revelou ainda que irá doar parte do prémio para apoiar “os 'media' independentes e autónomos” da Rússia.
Além de Muratov, também a jornalista Maria Ressa recebeu o prémio. Os jornalistas foram distinguidos "pela sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”, sendo que “ao mesmo tempo, são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas", justificou a presidente Comité Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen.