Carlos Vasconcelos, atual grão-mestre adjunto do Grande Oriente Lusitano (GOL), é apontado como o favorito para as eleições na loja, sabe o Nascer do SOL. Carlos Vasconcelos contará com Rui Pereira – um influente maçom, antigo ministro de José Sócrates e atual comentador da CMTV – como seu mandatário e com o atual número três do GOL – António Ventura, historiador – como seu número dois. Já a número três terá Natal Marques, presidente da EMEL.
Carlos Vasconcelos representa a candidatura alinhada com a atual direção do GOL, que até 30 de outubro – dia das eleições – continuará com Fernando Lima como homem do leme.
Outros candidatos
Na corrida ao Grande Oriente Lusitano está também Luís Parreirão, antigo secretário de Estado de António Guterres, jurista e gestor. Sendo eleito, será a primeira vez que Luís Parreirão – que até já se autossuspendeu da loja por duas vezes – terá qualquer cargo dentro do GOL. Parreirão, à Sábado, admitia mobilizar-se «pela vontade de ajudar a construir a maior unidade possível entre todos os maçons». Já no Observador – no contexto da polémica lei do PSD – insurgia-se contra o «voyeurismo doentio» que a confidencialidade maçónica suscita, demonstrando ser também contra a imposição de «regras que o mais elementar respeito pela liberdade de consciência não tolera».
Por fim, um terceiro nome: Fernando Cabecinha, um antigo membro do Conselho da Ordem (uma espécie de Governo de cada Casa Maçónica) e antigo presidente da Dieta (uma espécie de Parlamento Maçónico), que, entre outras bandeiras, realça a necessidade de uma «comunicação eficaz».
Segundo o DN, há ainda a possibilidade de um quarto nome: Daniel Madeira de Castro, derrotado por Fernando Lima em 2017 e antigo presidente da Dieta. Não obstante os rumores – e considerando que os candidatos têm até à próxima segunda-feira para apresentar as suas listas –, tudo indica que a candidatura de Daniel Madeira de Castro não se irá concretizar.
Já concretizada está a de Carlos Vasconcelos: o vimaranense de apenas 40 anos (que ia todas as quartas-feiras a Lisboa) entregou, na passada quarta-feira – Dia Mundial da Democracia –, a sua lista. Carlos também já foi presidente da Dieta e do Tribunal Maçónico. Agora, o principal favorito ao GOL é apenas vice-presidente da primeira. Segundo o DN, Carlos Vasconcelos, dirigindo-se aos seus «irmãos», afirmava num documento interno que por considerar «a afirmação da maçonaria como uma elite moral, cada vez mais rigorosa e exigente consigo própria e como uma vanguarda social interveniente», o GOL não poderia «viver fechado sobre si mesmo» – no que foi lido como uma referência à lei de transparência associativa recentemente promulgada.