Uma criança de nove anos desligou o quadro de energia elétrica de um centro de vacinação, na cidade de Rio Bananal, no estado brasileiro do Espírito Santo, levando a que várias doses da vacina contra a covid-19, bem como outros medicamentos, se estragassem.
A Polícia Civil brasileira acreditava que tudo se tinha tratado de um ato de vandalismo, contudo, esta sexta-feira, após a análise das imagens captadas pelas câmaras de videovigilância, foi anunciado que foi afinal uma criança a responsável pelo corte de energia. Além das vacinas contra a covid-19, foram também afetados outros tipos de vacinas, testes de sangue e medicamentos. A cidade terá perdido cerca de 133 doses da vacina Coronavac e terá mesmo de atrasar a administração da segunda dose aos profissionais de saúde.
As autoridades explicaram hoje que tudo aconteceu quando um menino, de nove anos, estava a brincar no local e acabou por subir para um banco que ficava em frente ao quadro. Ao reparar que uma pequena luz vermelha piscava dentro do quadro, a criança acabou por desligar o quadro para tentar apagá-la.
“Uma brincadeira de criança inocente que acabou gerando todo esse problema", detalhou Fabrício Lucindo, delegado da Polícia Civil.
Devido à temperatura inadequada, é agora necessário avaliar as vacinas para que a qualidade seja atestada.
O município, que tem 19 mil habitantes, tinha recebido 479 doses de vacinas contra a covid-19 desde o dia 19 de janeiro.
De realçar que num vídeo divulgado pela prefeitura municipal de Rio Bananal, na quinta-feira, a coordenadora do plano de vacinação da cidade conta que tinha sido informada que o edifício do centro de vacinação estava sem energia e que as arcas congeladoras estavam a apitar. No local, a coordenadora acabou por perceber que as arcas estavam desligadas e que os itens armazenados estavam descongelados.
''Estava cheia das vacinas, não só das vacinas de covid-19, mas também todas as vacinas do município estavam sendo armazenadas aqui por segurança e a temperatura delas já estava em 23 graus, totalmente estragado", rematou Márcia Venturim.