Costa enaltece aumento de capacidade de testagem do SNS e lembra que economia não pode voltar a parar

Costa enaltece aumento de capacidade de testagem do SNS e lembra que economia não pode voltar a parar


O Governo vai aumentar a capacidade de testagem do SNS para 21 mil testes por dia, um número acima dos 14 mil testes que se estão a fazer diariamente.


O primeiro-ministro, António Costa, esteve, esta quarta-feira, presente na sede do Infarmed, onde foi firmado o acordo que prevê o aumento de testagem no país – o Governo vai aumentar a capacidade de testagem do SNS para 21 mil testes por dia, acima dos 14 mil testes que se estão a fazer diariamente – e diz que esta medida é "vital" no combate à pandemia, especialmente numa altura marcada "pelo aumento de atividade". 

"Nesta fase, em que estamos a assistir em toda a Europa e também em Portugal a um crescimento significativo dos novos casos, em que estamos a regressar de férias e à atividade normal, na semana em que as escolas estão a retomar em pleno, todos temos consciência que, com este aumento de atividade, vamos ter um aumento do risco de transmissão", aponta António Costa. 

"Nós, para controlarmos esta pandemia temos, em primeiro lugar, que apelar à responsabilidade individual de cada um de nós, no respeito pelas regras" como o uso de máscara e o cumprimento das regras de distanciamento social. Costa salienta ainda que outro "passo fundamental" é "sermos rápidos a detetar os casos, a isolar os casos, para romper as cadeias de transmissão". Além disso, "robustecer cada vez mais a capacidade do Serviço Nacional de Saúde para poder tratar aqueles que estão infetados e, em particular, aqueles que estando infetados desenvolvem patologias mais exigentes" deve ser uma das prioridades durante a fase que o país enfrenta. 

O primeiro-ministro referiu ainda que "não podemos voltar a fazer aquilo que tivemos de fazer em meados de março", referindo-se à pausa na economia. "Foi essencial para travarmos o crescimento exponencial da pandemia, mas todos conhecemos bem os brutais custos sociais e económicos que essa medida teve na vida de cada um, no rendimento das famílias, no emprego de centenas de milhares de pessoas e num universo empresarial muito vasto", apontou. Agora estamos, "simultaneamente, numa crise sanitária, mas também numa crise económica e numa crise social". "Temos de conseguir continuar a controlar a pandemia ao mesmo tempo que recuperamos o país" e, para tal, "não podemos voltar a ter o confinamento que tivemos em março".