Carlos Leiria Pinto apresentou a sua renúncia ao cargo de vogal executivo do conselho de administração do Banco Montepio, com efeito a partir de 31 de março deste ano. O administrador, que tinha o pelouro da recuperação de crédito, entrou no Banco Montepio no início de 2018, vindo do Banco Mundial. Em comunicado, o banco diz que «agradece o trabalho desenvolvido no cumprimento das funções exercidas nesta instituição e formula os votos das maiores felicidades no novo desafio profissional que comunicou ir abraçar em breve».
Carlos Leiria Pinto chegou a ser apontado como o número dois da instituição financeira sob a liderança de Nuno Mota Pinto, mas que acabou por não suceder. Esta ideia foi posta de parte depois de ter sido revelado que Nuno Mota Pinto estava na lista negra do Banco de Portugal por estar em incumprimento num crédito de cerca de 80 mil euros que tinha no Novo Banco. Mas apesar de ter resolvido o incidente, fazendo um novo crédito junto da mesma instituição para refinanciar o crédito acabou por não assumir as rédeas da instituição financeira. Além disso, o ex-diretor do Banco Mundial tinha outro problema: não tinha curriculum na banca de retalho que lhe permitisse assumir a presidência do Montepio sem ter de frequentar um curso para o cargo.
Esta é a segunda baixa na administração do banco. Em setembro ocorreu a saída de Luís Guimarães ao renunciar ao cargo de vogal não executivo do conselho de administração, assim como ao cargo de presidente da comissão de auditoria, depois de ter passado pela administração de Félix Morgado e de ter reforçado a estrutura do conselho geral e de supervisão ao lado de Eugénio Rosa.