O jornalista Rui Camacho, que foi chefe de redação da ANOP, que mais tarde deu origem à agência Lusa, morreu hoje aos 78 anos, vítima de doença prolongada, disse à Lusa um amigo.
Casado com a escritora e jornalista Helena Marques, Rui Camacho deixa quatro filhos, entre eles Paulo Camacho (antigo jornalista da SIC), Pedro Camacho, diretor da revista Visão, e Francisco Camacho, que fez parte da direcção do jornal i, em 2009.
De acordo com a mesma fonte, o velório realiza-se hoje a partir das 18:00, na igreja da Parede.
Nascido no Funchal em 1936, Rui Camacho trabalhou no Diário de Notícias do Funchal, foi correspondente, na Madeira, do Diário de Lisboa, da Paris Match e da Associated Press (AP), entre 1955 e 1970.
Paralelamente, foi professor do ensino secundário e da escola de hotelaria e turismo do Funchal, além de adjunto da direção da Madeira Engeneering (construções navais).
Entre 1971 e 1973, Rui Camacho foi redator da revista Flama, chefe de redação adjunto do Jornal do Comércio e colaborador das agências Ciesa, Latina e Penta.
Chegou a subchefe de redação do República e a chefe de redação da ANI – Agência Noticiosa de Informação, com a tarefa específica de elaborar o projeto da futura ANOP.
Depois do 25 de Abril, foi chefe de redação do jornal A Luta, do qual foi cofundador, juntamente com a direção e um grupo de antigos redatores do República.
Entre 1978 e 1985, foi chefe de redação da ANOP, tendo sido requisitado em comissão de serviço para a coordenação geral das redações da RTP (1979) e para a chefia da redação da RTP Informação 2.
Ainda durante este período foi chefe de redação da revista Negócios (1980-1984).
Entre 1986 e 1988 foi chefe de redação do jornal O Tempo. Na década seguinte, chegou a trabalhar para a Hill & Knowlton, Imago e Marconi.
O funeral realiza-se na quarta-feira.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa