Homem acabou por morrer na ambulância depois de piloto do INEM recusar aterrar por duas vezes

Homem acabou por morrer na ambulância depois de piloto do INEM recusar aterrar por duas vezes


Vítima morreu depois de a ambulância viajar mais de meia hora em direção ao local onde estava a aeronave


O helicóptero do INEM que deveria ter transportado um homem brutalmente espancado pelo ex-patrão em São João da Pesqueira, no distrito de Viseu, recusou aterrar nos campos de futebol mais próximos do local onde se encontrava a vítima, por duas vezes, avança a SIC Notícias. A aeronave acabou por ser desmobilizada antes de prestar socorro ao homem, de 50 anos, uma vez que este morreu na ambulância durante a viagem que o levava de encontro com a equipa de emergência do helicópetro.

De acordo com a estação televisiva, as primeiras equipas de emergência davam contam que a vítima, Mário Feição, teria graves lesões na cabeça e abdómen. O homem foi espancado, no último domingo à noite, por exigir que o ex-patrão, de 30 anos, lhe pagasse o salário de 1000 euros em atraso.

Além de ativada uma ambulância, foi também ativado o helicóptero do INEM de Moimenta da Beira, mas o piloto recusou aterrar no campo de futebol da Beselga, em Penedono, e no campo de futebol de Sernancelhe e propôs uma aterragem no heliporto certificado dos bombeiros de Aguiar da Beira.

No entanto, a vítima acabou por morrer na ambulância antes que fosse socorrida pela equipa que seguia no helicóptero. A viagem durou mais de meia hora.

O helicóptero e a resposta no Hospital de Vila Real acabaram por ser desativados.

Carlos Silva, presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro, questionou o presidente do INEM. O responsável defende que, se todos os lugares têm de ser certificados para receber um helicóptero, então deve ser certificado “cada centímetro deste país” de forma a garantir que as localidades do interior conseguem aceder aos serviços de emergência.

Em resposta, o INEM garante que a decisão de aterragem cabe ao piloto.