«Não está em causa a competência política de Silva Pereira, que reconheço e testemunhei, mas a indiciada ligação, mesmo que indireta e ainda não esclarecida, a processos judiciais contra os socialistas», diz ao SOL Manuel dos Santos.
«Infelizmente impende sobre os políticos, em paralelo com a ‘presunção de inocência’ que deve proteger todos os cidadãos, uma ‘presunção de culpabilidade moral’ que não pode ser ignorada enquanto não for totalmente esclarecida, sobretudo em relação a um partido (o PS) com exigências éticas e morais inquestionáveis», acrescenta.
Silva Pereira era um dos ministros mais próximos de José Sócrates e viu o seu nome envolvido na Operação Marquês, mas o Ministério Público arquivou os indícios relacionados com o eurodeputado do PS – embora mantenha a mulher como arguida.
O ex-ministro da Presidência foi para o PE em 2014, na lista da direção de António José Seguro, e foi um dos poucos que António Costa decidiu manter agora em Bruxelas.