“Passámos de uma empresa que demorava cerca de 45 dias a criar em cinco diferentes postos de atendimento para 45 minutos e 37 segundos, que era a média da semana passada" refere Maria Manuel Leitão Marques, ex-ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, em declarações à agência Lusa.
O “Empresa na Hora”, criado para combater a burocracia presencial, permite “usar o digital para transformar a administração pública”, ou seja, é agora possível, através da Internet, criar uma empresa.
A candidata pelo PS ao Parlamento Europeu destaca ainda que existem desafios relativos à digitalização da administração pública, como os da inteligência artificial. No entanto, estes desafios “permitirão dar um grande salto” neste tema no futuro.
No que diz respeito aos perigos da digitalização, Isabel Furtado, Presidente da Associação Empresarial para a Inovação (Cotec Portugal) referiu que é preciso “algum cuidado”: “A digitalização e a conectividade das empresas, quer com os seus clientes, quer com os seus fornecedores, e ao longo da cadeia produtiva, também requer algum cuidado, nomeadamente contra ciberataques”, disse ao ECO.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu numa entrevista à agência Lusa que "não basta digitalizar para simplificar, não basta digitalizar para tornar mais próximo”. O Presidente da República encara o reforço da tecnologia na administração pública como uma oportunidade para “mudar a mentalidade, a consciência cívica, a substância e a aproximação às pessoas".
De acordo com o site das Pequenas e Médias Empresas pode criar-se uma empresa em 45 minutos através da ferramenta “Constituir Empresa na Hora”. Os outros métodos à disposição dos cidadãos são o “Criar Empresa Online” disponível no site oficial do Portal da Empresa e o “Constituir uma Empresa de Forma Tradicional”, ou seja, optar pelo método mais antigo e moroso.