Rafael Nadal anunciou esta quarta-feira a sua desistência do Masters 1000 Paris devido a uma lesão abdominal. “Nestes dias, não me tenho sentido bem. Comecei a ter dores abdominais, em especial quando servia, e o médico aconselhou-me a não jogar”, justificou o tenista espanhol, horas antes do encontro referente à 2.ª ronda, em que iria defrontar o compatriota Fernando Verdasco.
A saída do atual líder do ranking mundial de ténis beneficia, acima de tudo, o sévio Novak Djokovic, já que este adeus surpresa coloca Nole no topo da hierarquia, depois de ter aterrado na prova francesa com 215 pontos de desvantagem em relação ao tenista maiorquino.
À entrada para o último Masters 1000 da temporada, Rafael Nadal estava forçado a pelo menos igualar os resultados do sérvio na capital francesa para se manter no topo do ranking por mais uma semana. Contudo, a lesão abdominal foi motivo suficiente para impedir que o espanhol continuasse a perseguição ao sérvio, que havia, na terça-feira, carimbado a passagem à terceira fase da prova, após bater o português João Sousa (48.º do mundo), em dois sets (7-5 e 6-1), em uma hora e 34 minutos de confronto.
Djoko, que aterrou em Paris como número dois mundial, já é, de resto, líder virtual do ranking ATP, que terá a sua atualização oficial na próxima segunda-feira (5 de novembro).
Esta quinta-feira, nos oitavos-de-final, o sérvio volta a entrar no court para medir forças com o tenista o bósnio Damir Dzumhur (52.º mundial).
Regresso ao topo dois anos depois Para Novak Djokovic este trata-se de um regresso ao topo, posição que ocupou pela última vez há precisamente dois anos, em 31 de outubro de 2016. Recorde-se que desde esse momento a carreira do sérvio atravessou um período negro, já que o tenista foi ao longo dos últimos dois anos assolado por lesões (incluindo uma operação ao cotovelo no início deste ano, após participação no Open da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada em que foi afastado nos oitavos-de-final).
Aliás, esta fase mais complicada da carreira do sérvio só conheceu o seu fim em julho passado, altura em que Novak Djokovic venceu na relva de Wimbledon e, momentos depois, no Open dos EUA, conquistando assim o seu 14.º Grand Slam da carreira.
Djoko no top-3 Com o triunfo no Major norte-americano, em setembro, Novak Djokovic igualou o registo de Pete Sampras, entrando, desta forma, no top-3 dos tenistas com maior número de vitórias nos quatro principais torneios da modalidade (Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon, Open dos EUA).
Com 14 Grand Slams no currículo, o sérvio está agora a três troféus de igualar Rafael Nadal (17) e a seis do campeoníssimo Roger Federer (20), tenista suíço que ontem beneficiou de uma desistência rumo à terceira ronda da prova parisiense.
Também esta quarta-feira, no Masters parisiense, o canadiano Milos Raonic anunciou a desistência antes do encontro da segunda ronda com o suíço, terceiro jogador mundial, devido a problemas no ombro direito.
Além do encontro Dzumhur-Djokovic, também durante o dia de amanhã se vai realizar o encontro entre o suíço Roger Federer e o italiano Fabio Fognini (14.º do mundo), referente à terceira fase da competição parisiense.