"As respostas que chegaram – e chegaram – foram respostas àquilo que era de emergência. Temos um território devastado, população muito diminuída na sua autoestima e posses, e a resposta chegou. Há reconstrução de casas, mas o território não perdeu só habitações, não perdeu só animais, não perdeu só anexos", começou por dizer Nádia Piazza na sede da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, na apresentação de projetos apoiados pelo Fundo de Apoio às Populações e à Revitalização das Áreas Afetadas pelos Incêndios.
"Voltemos ao dia 16 de junho [um dia antes do incêndio] e estava tudo por fazer, antes de o fogo passar. O problema do interior de Portugal é de pobreza, de falta de oportunidade, que passa por ordenamento do território, que passa por trazer investimento sério, concreto, público e privado", disse Nádia Piazza, acrescentando que o incêndio de há um ano aconteceu porque o território já apresentava graves debilidades.
O incêndio de há um ano em Pedrógão Grande, a 17 de junho, provocou 66 mortos e mais de 250 feridos.