Há um novo PS no partido liderado por António Costa e Costa não está a gostar. Esse PS é mais à esquerda do sítio onde o líder quer agora colocar o partido para as eleições legislativas e, miraculosamente, conseguiu empolgar mais o congresso do que o próprio secretário-geral. Inédito.
Ao assumir-se como desafiador ideológico, e tendo os congressistas a seus pés e o apoio explícito de Manuel Alegre, Pedro Nuno Santos marcou espaço para o futuro mas também correu um grande risco: Costa, o líder, odeia que o desafiem. Se Pedro Nuno e seus apoiantes deram jeito a Costa para a formação da ‘geringonça’, a demarcação da estratégia centrista do secretário-geral – e o seu sucesso na Batalha – não encantou Costa. O primeiro sinal da incomodidade viria logo no discurso de encerramento em que Costa sentiu necessidade de anunciar que «não meteu os papéis para a reforma», uma declaração inusitada num primeiro-ministro que ambiciona agora conquistar a maioria absoluta. O alvo era evidentemente Pedro Nuno Santos, que, ao definir uma linha distinta da do secretário-geral, tinha conquistado o Congresso.
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