De acordo com o relatório mensal divulgado ontem, os 14 membros da OPEP produziram 32,86 milhões de barris por dia (bpd), mais 0,5% que no mês anterior (32,696 milhões de bpd).
A produção da OPEP está há quase quatro meses em alta e aproxima-se dos 33 milhões de barris diários de dezembro passado, o que vai em sentido contrário à estratégia definida pelo cartel no final de 2016.
Ainda na terça-feira a OPEP tinha comunicado a conclusão de uma reunião técnica com a promessa de respeito pelas reduções de produção por parte de vários países produtores.
A sessão que decorreu em Abu Dhabi, “assinalou o forte e firme compromisso dos países (participantes) em aplicarem os ajustamentos na produção de países membros e não-membros da OPEP”, refere o texto.
Em novembro do ano passado, os países-membros da OPEP e outros grandes produtores não pertencentes à organização chegaram a um acordo para cortar a produção em 1,8 milhões de barris por dia, compromisso que foi renovado em maio passado para vigorar até março de 2018.
Procura em alta No relatório mensal divulgado ontem, o cartel reviu a procura também em alta e estima agora que a procura cresça a um ritmo de 1,37 milhões de bpd. Já em 2018, a procura deverá aumentar em 1,28 milhões de bpd. No entanto esta subida deverá ser insuficiente para fazer face ao crescimento da produção.
A Líbia e a Nigéria, que ficaram de fora do acordo que previa o corte do crude devido a problemas de produção, foram os membros da OPEP onde a produção mais cresceu, além da Arábia Saudita.
Em sentido contrário está a produção petrolífera na Venezuela. Em julhom por comparação com junho a quebra caiu quase 16 mil bpd. A queda, que se verifica pelo menos desde 2015, acentuou-se mês passado se compararmos os dados dos últimos três meses.
Em julho a produção diária média foi de 1,932 milhões de bpd, quando em junho tinha sido de 1,948 milhões e em maio de 1,951 milhões de bpd.