O Santander Totta apresentou um resultado líquido de 395,5 milhões de euros em 2016. Este valor representa uma subida de 35,8% face ao ano anterior. Os resultados foram impulsionados pela margem financeira, que avançou 31% para 731 milhões de euros, e pelas comissões, que cresceram 16,1% para 305,7 milhões. Estas subidas mais do que compensaram as quedas da área seguradora (menos 27,2% para 10,3 milhões), contribuindo para uma subida do produto bancário de 6,4%, para 1.197 milhões. Já as imparidades recuaram 38,7%, fixando-se em 144,7 milhões.
Em termos de custos houve um aumento de 9,9%, para 523,1 milhões de euros, mas esta tendência é explicada pelo banco liderado por Vieira Monteiro devido à integração do Banif na estrutura da instituição financeira, levada a cabo no final do ano passado. No entanto, esta aquisição terá também contribuído para a subida dos proveitos bancários, uma vez que os resultados de 2016 já incluem lucros resultantes da integração de ativos e passivos daquela instituição.
A instituição financeira manteve a sua redução de estrutura e esta tendência é para continuar, garantiu o banqueiro. O Santander Totta fechou o ano com menos cerca de 200 trabalhadores e estes saíram através de rescisões por mútuo acordo e reformas.
Em termos de agências, o presidente do banco não deu dados sobre encerramentos, preferindo falar de fusões, tendo referido que, no conjunto do ano de 2016, foram fundidas 80 agências, tendo agora o banco cerca de 600 em todo o país.
O grupo Santander já veio elogiar a «excelente integração» do Banif no Santander Totta e com o aumento dos lucros que o banco registou em Portugal, numa altura em que os seus principais concorrentes «têm problemas significativos».
O banco espanhol considera que a integração do Banif permite ter uma carteira de empréstimos «mais equilibrada e ganhar» quota de mercado na área das empresas.