"You can't always get what you want. But if you try, sometimes you find you get what you need". A música dos Rolling Stones que tocou enquanto Donald Trump saía da sala depois de fazer o discurso de vitória contém ironia. Mas as palavras de improviso ditas por Trump foram mais conciliadoras do que se podia prever.
O sucessor de Obama prometeu ser "o Presidente de todos os americanos" e disse ser tempo de "sarar as feridas abertas". Apesar do tom incendiário dos meses de campanha, Trump quer agora "unir o país". E não deixou sequer de felicitar a adversária Hillary Clinton pelo seu "trabalho árduo" durante a campanha eleitoral. "E estou a falar muito a sério", avisou.
Para o mundo, que já reagiu com nervosismo à sua eleição como se viu pela queda dos mercados da Ásia e do Pacífico, Trump também se mostrou mais conciliador do que seria de prever. "Quero dizer à comunidade mundial que apesar de pormos a América à frente vamos lidar com todos de forma justa", afirmou o novo Presidente dos Estados Unidos da América, com uma promessa. "Vamos à procura de parcerias, não de conflitos".
As palavras de Trump foram, contudo, ainda muito vagas sobre o que poderá ser o seu consulado na Casa Branca. Trump falou de improviso e dedicou parte do discurso para agradecer à sua família e à sua equipa. Mas além do tom conciliador, não houve verdadeiramente uma ideia sobre o que Trump poderá vir a fazer como Presidente.
Hillary ainda não falou, mas já deu os parabéns a Trump
Donald Trump é o 45.º Presidente da História dos Estados Unidos. Hillary Clinton reconheceu-o quando faltavam poucos minutos para as oito da manhã em Portugal. A candidata democrata ainda não falou, mas já congratulou o adversário num telefonema que o próprio revelou no discurso de vitória na sua sede de campanha.
As dúvidas que ainda subsistem têm que ver com a contagem dos votos da Pennsylvania. Há órgãos de comunicação social que avançam estar em causa um sistema eletrónico que poderá ter sido alvo de ataques para distorcer o resultado. Mas é complicado proceder a uma nova contagem, uma vez que os votos são apenas digitais e não há nada em papel que permita fazê-lo.