Por impensável que possa ser, a Coreia do Norte consegue dar um passo mais à frente rumo ao imprevisível. Uma notícia divulgada nesta sexta-feira pelos jornais japoneses conta que um americano de 24 anos foi sequestrado na China em 2004 e levado para Pyongyang, capital da Coreia do Norte, para trabalhar como professor de inglês para o atual líder Kim Jong Un.
Agora, a família do estudante universitário que desapareceu durante uma viagem à China há doze anos, vê novos sinais de esperança com o surgimento da notícia que teria sido raptado pelo governo norte-coreano. David Sneddon foi dado como morto depois de ter desaparecido na província de Yunnan, na China ocidental, quando tinha 24.
Sneddon, um estudante na Universidade Brigham Young, foi reportado como morto pela polícia, que disse na altura que provavelmente teria morrido enquanto fazia uma caminhada no Tiger Leaping Gorge, perto do Rio Jinsha, no dia 14 de agosto de 2004. Apesar de nunca terem encontrado o corpo.
Nesta quarta-feira, a Yahoo News do Japão relatou que Sneddon tinha sido visto na Coreia do Norte, onde vive agora como professor de inglês, é casado e tem dois filhos. O departamento de estado dos EUA anunciou que vai começar à procura de Sneddon na Coreia do Norte.
Choi Sun-yong, que dirige a "Abductees’ Family Union" (um grupo para os familiares de desaparecidos), disse que uma fonte revelou que ele tinha na verdade sido sequestrado por agentes norte-coreanos e trabalha como professor de Inglês para Kim Jong-un, que na altura era o herdeiro na continuidade da ditadura.
Os pais de Sneddon, Roy e Kathleen, nunca acreditaram na história oficial acerca da morte do filho depois de este ter caído no rio. Conhecendo a reputação da Coreia do Norte sobre sequestros de estrangeiros, acreditaram sempre que o regime raptou Sneddon devido à sua fluência em coreano, que ele usou durante o seu tempo enquanto missionário mórmon na Coreia do Sul.