Movimento que pede referendo lamenta aprovação das barrigas de aluguer

Movimento que pede referendo lamenta aprovação das barrigas de aluguer


Quando as leis que são alvo de veto político do Presidente são confirmadas pela maioria dos deputados, não precisam de voltar a Belém para serem apreciadas.


O movimento que pede um referendo sobre a gestação de substituição lamenta o facto de hoje o Parlamento ter aprovado o diploma do BE, rejeitando a proposta do PSD de adiar a votação para permitir um debate mais alargado da matéria. E pede agora que o Presidente da República volte a vetar a lei.

"A Assembleia da República, a Casa da Democracia, optou por impedir a participação democrática dos cidadãos portugueses e aprovou a lei da gestação de substituição sem saber se esta tem o apoio maioritário da sociedade", comentam os cidadãos num comunicado enviado às redações, com um apelo direto a Marcelo Rebelo de Sousa.

 "Desta forma, apelamos a que o Sr. Presidente da República vete novamente o diploma, para permitir um verdadeiro debate público sobre o tema e também porque a nova versão da lei, apresentada a escassos dias da votação, continua a suscitar muitas dúvidas e exige mais tempo para ser analisada pelos diversos grupos da sociedade civil e entidades vocacionadas", pedem os cidadãos que estão contra a lei hoje aprovada com os votos do PS, BE, PEV, PAN e de 20 deputados do PSD e os votos contra de PCP e CDS.

Quando as leis que são alvo de veto político do Presidente são confirmadas pela maioria dos deputados, não precisam de voltar a Belém para serem apreciadas.

No entanto, neste caso entende-se que a nova redação do diploma – formulada pelo BE para dar resposta às preocupações levantadas pelo Presidente na nota que acompanhou a devolução da lei ao Parlamento – faz com que este seja um projeto diferente.

Por isso, há assim espaço a que a lei hoje aprovada volte à Presidência para que Marcelo decida se as alterações feitas são suficientes para a promulgar ou se mantém o veto feito à primeira versão do diploma.