A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou um resultado líquido de 1.291 milhões de euros. Trata-se de um lucro histórico para o banco público liderado por Paulo Macedo e que vai permitir ao Estado dividendos de 525 milhões de euros.
A este valor soma-se ainda o pagamento de 529 milhões de euros em impostos e 204 milhões de custos de supervisão. No total, a Caixa irá pagar ao acionista 1258 milhões de euros.
Os lucros foram impulsionados pela margem financeira (a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos), que duplicou para 2.866 milhões de euros.
Os depósitos de clientes alcançaram em junho 79 mil milhões de euros. Deste valor, 69 mil milhões dizem respeito a Portugal em junho, uma subida de 0,6%, contrariando a tendência de queda dos meses anteriores.
A carteira de crédito registou uma redução de 0,8% face ao primeiro semestre de 2022, para 52,6 mil milhões de euros.
Já as comissões cobradas atingiram os 289 milhões de euros, um decréscimo de 5% face ao mesmo período de 2022. A CGD prevê “a continuação da descida até ao final do ano”.
Os custos de estrutura recorrentes, incluindo com pessoal, fixaram-se nos 460 milhões de euros, mais 9% do que no período hómologo, dos quais 323 milhões em Portugal (+10%).
O banco público contava com 6.243 trabalhadores em Portugal no final de 2023, menos 270 do que em 2022. Quanto à rede da Caixa Portugal (agências, espaços Caixa e gabinetes de empresas) manteve o número de espaços comerciais em 515.