Portugal vive uma situação cada vez mais preocupante. Em termos económicos caminhamos para um abismo e a inversão desta trajetória tem de merecer a atenção, o empenho e a energia de todos.
Os nossos governantes têm de ter a consciência que cada € tem de ser bem utilizado. E não têm essa consciência. O nosso dinheiro é tudo menos bem utilizado. O nível de corrupção, a tal grande corrupção que associo ao financiamento ilegal dos partidos políticos, está elevadíssimo e os inaceitáveis prazos de atuação da justiça não contribuem em nada para a sua atenuação.
Os Governos socialistas, que nos governam desde 2015, têm criado imensos problemas ao país. Inúmeras medidas tomadas impactaram negativamente o desenvolvimento económico de Portugal.
O desenvolvimento económico do nosso país é crucial para todos nós. Desejo vivamente que todos votem em 10 de Março e votem em partidos políticos que apostem verdadeiramente no crescimento económico do país. Só com a vitória desses partidos podemos passar a reter os nossos jovens que têm sido obrigados a emigrar, para desgosto dos próprios e das suas famílias. Considero esta situação uma verdadeira derrota para a minha geração (tenho agora pouco mais de setenta anos), porque tivemos todas as condições para atuar para que tal não sucedesse, e esses jovens talentos ficassem cá a viver e a trabalhar ajudando o país a desenvolver-se.
Vive-se de facto uma situação gravíssima e absolutamente inaceitável. Na última década emigraram 953.000 portugueses, mais 336.000 do que na década de 60 do século passado! E, desde 2015, em que somos governados por socialistas, emigraram 469.000! Que vergonha e que tristeza!
Vivemos num país que tem todas as condições para ser fantástico, no entanto os últimos Governos têm feito de tudo para o destruir. Destrói-se a iniciativa privada, afugentando os investidores, e destrói-se o Sector Publico Estatal.
Em 2013, Pedro Passos Coelho e António José Seguro fizeram um acordo histórico de redução do IRC até 17%. Esta redução progressiva e generalizada do imposto para as empresas seria uma contribuição muito importante para que estas se pudessem focar mais no aumento dos níveis salariais dos seus Colaboradores. Contudo, com a alteração da liderança no PS, António Costa, interessadíssimo em “geringonciar”, deitou por terra os esforços feitos por António José Seguro e o acordo foi, infelizmente, deitado no caixote do lixo. Muito lamento esta decisão porque é fundamental criar condições para trazer para Portugal mais duas ou três Auto-Europas. Tem de ser a Sociedade Civil a impor estes desígnios aos vários governantes.
Mas os nossos governantes não criaram apenas dificuldades ao setor privado. Criaram também graves problemas ao setor público estatal. Vejam bem os Leitores os problemas que a ‘geringonça’ foi criar aos serviços públicos que têm de trabalhar em laboração contínua. É claro que estou neste momento a pensar no Serviço Nacional de Saúde e em todas as Forças de Segurança. Foi, certamente, por lamentável ignorância, só pode, que esses serviços foram abrangidos por um regime laboral de 35h semanais. Sistemas que têm de estar em laboração contínua têm de estar em regimes de 40h por semana. Porquê, perguntarão os Leitores. Porque temos a semana com 5 dias úteis de trabalho, logo, há uma enorme vantagem em trabalhar-se 8 horas por dia, para que, com três turnos, se perfaçam exatamente as 24 horas do dia. Se estivermos num regime de 35 horas, em cada dia de trabalho, cada trabalhador trabalhará 7 horas, ficando por trabalhador a faltar 1 hora em cada turno. Ou seja, ficarão a faltar 3 horas de trabalho por dia. Isto implica que cada trabalhador terá de fazer mais uma hora, extraordinária, por cada dia de trabalho. Uma verdadeira enormidade! E como se realizará o trabalho durante os descansos compensatórios? Ou não há descansos compensatórios no Setor Público? Estão os Leitores a ver a génese dos muitos problemas do SNS e das Forças de Segurança?
Como já referi em anteriores artigos, além do problema acima mencionado, muitos outros afetam negativamente o normal funcionamento do Setor Público Estatal.
Também tenho escrito muito sobre o enorme erro de estarmos a efetuar investimentos ferroviários em bitola ibérica e de gerirmos o sistema eléctrico nacional por forma a que sejam praticados elevados preços para os consumidores. Nitidamente duas acções que contribuem decisivamente para afastarmos o sector produtivo do nosso país.
Insisto mais uma vez que o desgoverno que há muito se vive no nosso país tem origem no nosso nefasto Sistema Eleitoral para a Assembleia da República. E que é fundamental introduzirem-se rapidamente Círculos Uninominais (em que é eleito por voto directo o deputado mais votado) para a eleição de uma parte dos Deputados da Nação, que, aliás, a Constituição permite há já mais de vinte anos!
Volto a afirmar que a iniciativa da Sociedade Civil, com a imprescindível participação em força dos mais jovens, é absolutamente fundamental para o desenvolvimento do Projeto que indico no parágrafo anterior, de enorme relevância cívica, política e económica e absolutamente determinante para a Qualidade da nossa Democracia.
A APDQ-Associação Por Uma Democracia de Qualidade, em colaboração com a Sedes e sob a liderança de José Ribeiro e Castro, elaborou uma proposta de grande relevo de Reforma do Sistema Eleitoral, para uma Assembleia da República com 229 deputados, dos quais 105 são eleitos pelo mesmo número de círculos uninominais. Esta proposta pode ser consultada no link: https://lnkd.in/ervfVep6. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas e ou debatidas através do email: porumademocraciadequalidade@gmail.com
Empresário e Gestor de Empresas
Subscritor do “Manifesto: Por uma Democracia de Qualidade”