Pontapés na nossa cultura (e na nossa história)


Esta nova fase do “não me toques” e do não se poder dizer nada porque ofende, atinge neste momento níveis de tal forma perigosos que há quem queira mexer na nossa bandeira ou no hino que aprendemos a cantar. Querem apagar as pinturas que retratam as nossas conquistas e analisar à luz dos nossos dias,…


A história e a cultura de cada país são traços identitários indissociáveis da construção de qualquer futuro. Há quem os tenha mais vincados e quem os tenha menos preenchidos e recentes. Cá em Portugal sempre nos gabámos da riqueza do nosso património histórico, dos nossos antepassados e do nosso crescimento enquanto povo e nação. Recordo-me de bem cedo na escola aprender sobre os feitos de D. Afonso Henriques, D. Dinis, o Infante D. Henrique e tantos outros que me passaram pelos livros que estudava. O orgulho com que sempre contámos as nossas epopeias, os Descobrimentos ou a batalha de Aljubarrota, fizeram parte do nosso crescimento e de certa forma são uma marca da nossa presença no Mundo que nos contextualiza perante os outros. Até há bem pouco tempo, uma vez que uma nova corrente na nossa sociedade decidiu que devíamos ter vergonha do nosso percurso e pedir desculpa por aquilo que outros fizeram, numa outra época em que não vivemos e que por isso não deveríamos julgar.

Esta nova fase do “não me toques” e do não se poder dizer nada porque ofende, atinge neste momento níveis de tal forma perigosos que há quem queira mexer na nossa bandeira ou no hino que aprendemos a cantar. Querem apagar as pinturas que retratam as nossas conquistas e analisar à luz dos nossos dias, comportamentos que ajudaram a forjar a sociedade que temos hoje. Não sei se por essa razão ou apenas por desleixo e incompetência a figura máxima da nossa língua portuguesa, que é talvez o património imaterial mais valioso que temos, “tem visto” as comemorações dos 500 anos do seu nascimento, envolta em sucessivas trapalhadas e desconsiderações. A comissária da organização do quinto centenário de Luís Vaz de Camões foi eleita em Maio de 2021 e o Governo por resolução do Conselho de Ministros ficou de apresentar um plano até ao fim de 2022 que contemplasse um programa condigno e à altura de tal efeméride. A verdade é que chegados ao inicio do ano em que tudo deveria acontecer e não existe nada. Bola. Com as notícias saídas no final do ano passado, foi aprovado à pressa um comissariado para o efeito.

Como se não bastasse, Paulo Portas na sua rubrica semanal na CNN alertou para o facto de também não existir nenhum sinal de que as comemorações dos 500 anos da morte de Vasco da Gama ( 24 de Dezembro ) estejam a ser programadas. Estamos a falar de duas das maiores figuras da história portuguesa, símbolos máximos do nosso país!! Por esta altura para além dos eventos nos mais diversos institutos portugueses ligados à língua e à cultura deveriam estar a ser postas em prática, comemorações que incluíssem as nossas escolas, cá e nos países de Língua Portuguesa. Mas parece que para alguns a única coisa que realmente interessa neste momento é adoptar uma linguagem neutra e tornar as casas de banho mistas. O wokismo vai passeando alegremente pela nossa calçada e nós por incúria ou por ideologia dos costumes acabamos por não dar relevância a um dos maiores poetas do Classicismo, autor da obra Os Lusíadas, nem àquele que foi considerado por muitos o maior navegador e explorador português. Para quem se diz tão defensor da cultura…

Pontapés na nossa cultura (e na nossa história)


Esta nova fase do “não me toques” e do não se poder dizer nada porque ofende, atinge neste momento níveis de tal forma perigosos que há quem queira mexer na nossa bandeira ou no hino que aprendemos a cantar. Querem apagar as pinturas que retratam as nossas conquistas e analisar à luz dos nossos dias,…


A história e a cultura de cada país são traços identitários indissociáveis da construção de qualquer futuro. Há quem os tenha mais vincados e quem os tenha menos preenchidos e recentes. Cá em Portugal sempre nos gabámos da riqueza do nosso património histórico, dos nossos antepassados e do nosso crescimento enquanto povo e nação. Recordo-me de bem cedo na escola aprender sobre os feitos de D. Afonso Henriques, D. Dinis, o Infante D. Henrique e tantos outros que me passaram pelos livros que estudava. O orgulho com que sempre contámos as nossas epopeias, os Descobrimentos ou a batalha de Aljubarrota, fizeram parte do nosso crescimento e de certa forma são uma marca da nossa presença no Mundo que nos contextualiza perante os outros. Até há bem pouco tempo, uma vez que uma nova corrente na nossa sociedade decidiu que devíamos ter vergonha do nosso percurso e pedir desculpa por aquilo que outros fizeram, numa outra época em que não vivemos e que por isso não deveríamos julgar.

Esta nova fase do “não me toques” e do não se poder dizer nada porque ofende, atinge neste momento níveis de tal forma perigosos que há quem queira mexer na nossa bandeira ou no hino que aprendemos a cantar. Querem apagar as pinturas que retratam as nossas conquistas e analisar à luz dos nossos dias, comportamentos que ajudaram a forjar a sociedade que temos hoje. Não sei se por essa razão ou apenas por desleixo e incompetência a figura máxima da nossa língua portuguesa, que é talvez o património imaterial mais valioso que temos, “tem visto” as comemorações dos 500 anos do seu nascimento, envolta em sucessivas trapalhadas e desconsiderações. A comissária da organização do quinto centenário de Luís Vaz de Camões foi eleita em Maio de 2021 e o Governo por resolução do Conselho de Ministros ficou de apresentar um plano até ao fim de 2022 que contemplasse um programa condigno e à altura de tal efeméride. A verdade é que chegados ao inicio do ano em que tudo deveria acontecer e não existe nada. Bola. Com as notícias saídas no final do ano passado, foi aprovado à pressa um comissariado para o efeito.

Como se não bastasse, Paulo Portas na sua rubrica semanal na CNN alertou para o facto de também não existir nenhum sinal de que as comemorações dos 500 anos da morte de Vasco da Gama ( 24 de Dezembro ) estejam a ser programadas. Estamos a falar de duas das maiores figuras da história portuguesa, símbolos máximos do nosso país!! Por esta altura para além dos eventos nos mais diversos institutos portugueses ligados à língua e à cultura deveriam estar a ser postas em prática, comemorações que incluíssem as nossas escolas, cá e nos países de Língua Portuguesa. Mas parece que para alguns a única coisa que realmente interessa neste momento é adoptar uma linguagem neutra e tornar as casas de banho mistas. O wokismo vai passeando alegremente pela nossa calçada e nós por incúria ou por ideologia dos costumes acabamos por não dar relevância a um dos maiores poetas do Classicismo, autor da obra Os Lusíadas, nem àquele que foi considerado por muitos o maior navegador e explorador português. Para quem se diz tão defensor da cultura…