Isabel dos Santos rejeita ter beneficiado de empréstimos da Unitel

Isabel dos Santos rejeita ter beneficiado de empréstimos da Unitel


Em causa está a decisão do juiz britânico Robert Bright de congelar cerca de 580 milhões de libras (670 milhões de euros) controlados por Isabel dos Santos, num processo movido contra a Unitel International Holdings.


Isabel dos Santos garante que houve mais pessoas a assinar os empréstimos da operadora de telecomunicações Unitel à Unitel International Holdings. A empresária angolana  acrescenta que o congelamento de bens é apenas uma medida cautelar.

“Ao contrário do agora alegado pela empresa nacionalizada Unitel S.A., os empréstimos da Unitel S.A. à Unitel International Holdings BV não foram aprovados nem assinados unicamente por Isabel dos Santos”, revela de fonte oficial da empresária angolana. 

“Estes empréstimos foram objeto de uma aprovação colegial da Assembleia Geral de Acionistas da Unitel S.A. em 2014, e foram igualmente assinados por três membros do Conselho de Administração”, lê-se numa nota da mesma fonte enviada esta quinta-feira  à agência Lusa.

Em causa está a decisão do juiz britânico Robert Bright de congelar cerca de 580 milhões de libras (670 milhões de euros) controlados por Isabel dos Santos, num processo movido contra a Unitel International Holdings.

“Isabel dos Santos nunca recebeu pagamentos, nem dividendos, e nem nunca usufruiu de salários da Unitel International Holdings BV”, garante a empresária em resposta à decisão judicial. 

A “ação cível que decorre no Tribunal de Londres trata-se de uma medida preventiva (…) a pedido da Unitel S.A.(…) , que vem agora alegar que os referidos empréstimos não foram devidamente aprovados e que Isabel dos Santos era a única beneficiaria da Unitel International Holdings BV”, acrescenta, lembrando que a ação principal no tribunal de Londres, apontam, “só terá início em 2024”.

Isabel dos Santos salienta que “a totalidade do valor dos empréstimos concedidos pela Unitel S.A. à Unitel International Holdings BV foi utilizado para a aquisição das participações das operadoras de telecomunicações Unitel T+ Cabo Verde, Unitel São Tomé e NOS Portugal, no âmbito do plano de internacionalização aprovado pelos acionistas da Unitel S.A.”.

O juiz Robert Bright, de um tribunal comercial britânico, anunciou na quarta-feira que decretou o congelamento de cerca de 580 milhões de libras (670 milhões de euros) controlados pela empresária angolana Isabel dos Santos, num processo movido contra a Unitel International Holdings.