A deputada da Iniciativa Liberal (IL), Carla Castro, anunciou, esta sexta-feira, que recusou o convite para concorrer às próximas eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa.
A decisão de recusa, sabe o Inevitável, está na forma como o convite foi endereçado pela direção do partido à deputada, desde logo pelo vice-presidente e não pelo presidente.
Depois, foram dadas 24 horas a Carla Castro para responder e como não o fez nesse período, recebeu uma mensagem no WhatsApp a dizer que o prazo tinha terminado e que a direção subentendia a falta de resposta como um não.
Durante o período do convite, a deputada perguntou quem eram as pessoas da lista, informação que lhe foi recusada; perguntou pelo programa eleitoral, ao que responderam ainda não existir.
“Convidam-me e ainda não têm a certeza do lugar, não me dizem com quem vou e que ideias vou defender?”, questionou então Carla Castro, que, recorde-se, foi adversária de Rui Rocha na corrida à liderança da Iniciativa Liberal, tendo sido derrotada pelo atual presidente do partido na convenção do partido em janeiro.
Carla Castro tinha sido a segunda da lista por Lisboa nas legislativas de 2022 (só atrás do então líder João Cotrim Figueiredo). O partido elegeu quatro deputados pelo círculo da capital nessas eleições.
Esta sexta-feira, na rede social X, a deputada liberal escreveu: “Após ter demonstrado a minha disponibilidade, que estaria naturalmente sujeitas às normais condições de trabalho político, para incorporar a lista de deputados da IL às próximas Eleições Legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa, fui convidada pelo Vice-Presidente Ricardo Pais de Oliveira, a quem agradeço, para ocupar o sétimo lugar, “eventualmente quinto ou sexto”. Decidi não aceitar o convite”.
Numa extensa publicação no antigo Twitter, a deputada da IL explica que, durante o tempo que exerceu funções como deputada sempre acreditou numa “política resolutiva orientada à ação” e “baseada em princípios sólidos, com metas definidas, com uma perfectiva de serviço público e comprometida com a construção de um Portugal mais liberal” tentando sempre “deixar o mundo melhor do que o encontrámos”. “Valeu a pena” sustenta a deputada.
“Sou e continuarei a ser liberal, reformista e praticante do desassossego construtivo. Continuo economista, gestora, e eu própria. Fecha-se agora um ciclo, indo nos próximos tempos reequacionar o meu papel na vida política ativa” finaliza Carla Castro, deixando um agradecimento a “todos os que fizeram parte desta jornada”.
“Reitero a convicção que quando lutamos em coerência com o que acreditamos, a vida pública vale sempre a pena”, conclui.