Joe Biden anunciou uma visita à Polónia e acabou reunido em Kiev com Volodymyr Zelensky. Quando se entra na última semana antes de se completar um ano sobre a invasão da Ucrânia pelas tropas russas de Vladimir Putin, o Presidente dos Estados Unidos deu ao seu homólogo ucraniano e ao mundo a maior prova de apoio incondicional à heroica resistência. Até porque foi a primeira vez na história que um Presidente dos Estados Unidos visitou um país em guerra em que não há soldados americanos no terreno.
Uma visita que, como referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros João Gomes Cravinho, deixa duas mensagens muito claras ao Presidente Putin, considerando que “os gestos são mais eloquentes do que longos discursos”: uma mensagem de solidariedade e de apoio ao povo ucraniano e a Zelensky e uma mensagem a Moscovo de que “a Rússia não vai ganhar esta guerra”, o que parece que só o Presidente Putin “ainda não compreendeu”.
Aliás, em entrevista a Teresa de Sousa, no Público, a propósito deste primeiro ano em que a guerra voltou à Europa, também António Costa vincou que “a paz só é possível com a vitória da Ucrânia e a derrota da Rússia”.
Zelensky esteve há precisamente dois meses em Washington, numa visita também ela histórica, já que foi a primeira saída do Presidente ucraniano ao estrangeiro desde o início da guerra.
Em Kiev, Biden e Zelensky homenagearam os soldados que caíram no combate às forças invasoras no monumento em frente à Igreja de São Miguel antes de darem um abraço em plena rua da capital ucraniana, minutos depois de soarem, uma vez mais, as sirenes de alarme.
“Biden é o exemplo de um Presidente que não tem medo de visitar a Ucrânia para nos apoiar” – as palavras são de uma cidadã ucraniana, residente em Kiev, entrevistada pela Associated Press.
Portugal está incondicionalmente ao lado da Ucrânia, onde já estiveram tanto António Costa como João Gomes Cravinho.
É mais estranho, por isso, que o Presidente Marcelo – que até a Olhão foi – ainda lá não tenha ido.