Crónica sobre o PS


O PS é um grande partido da democracia, que esteve presente quando foi preciso conquistá-la antes do 25 de Abril e quando foi preciso resgatá-la depois dele.


Não me imaginava a iniciar 2023 a escrever sobre o PS (Partido Socialista), numa crónica que aborda neste espaço a politica dos novos tempos da globalização e da aceleração tecnológica, semanalmente e há quase cinco anos consecutivos, mas a vida é feita de surpresas.

Num momento em que a governação sofreu mais um forte impacto e foi corroída por episódios pouco abonatórios e em que muitos se comprazem em atacar o PS ou em tentar fragmentá-lo, não posso deixar de recordar que o PS é um grande partido da democracia, que esteve presente quando foi preciso conquistá-la antes do 25 de Abril e quando foi preciso resgatá-la depois dele.

Sublinho, com a ênfase que o momento exige, que o PS não é de ninguém e é de todos os que nele militam ou nele se revêm. É de muitas mulheres e homens que já conquistaram um lugar na nossa história, e de muitos outros que de forma menos visível conduziram as suas comunidades na senda do progresso e do desenvolvimento. Para o bem e também para o menos bem, este é o PS em que milito desde muito jovem e que represento agora no Parlamento Europeu, representando através dele todos os portugueses em abstrato e a sua maioria por expressão livre de vontade através do voto.

O PS é o mandatário da maioria dos portugueses para conduzir o país nos tempos difíceis que atravessamos. Não é perfeito. Não acredito na perfeição em política, mas antes no esforço continuado para respeitar valores ideológicos e éticos. Em nome do PS muitas medidas positivas e também alguns erros e desvarios éticos e morais têm sido cometidos, mas não existe um PS bom e um PS mau. Essa matriz cunhada para de forma infeliz tentar resolver um imbróglio bancário, não se aplica ao Partido de Mário Soares e tantas outras figuras maiores da nossa história, nem aos muitos milhares de portuguesas e portugueses que nele militaram ou militam ou que com ele trabalham no dia a dia para melhorar a vida dos seus concidadãos.

O PS é o maior Partido português por escolha dos eleitores. Trabalhar para que ele responda aos desafios do país e aos anseios de quem nele confiou, em nome da social-democracia e do socialismo democrático, é a prioridade que deve mover, primeiro que tudo o resto, todos os socialistas e os que em nome do PS ou por ele inspirados exercem funções políticas ou atividade cívica.

Um partido político é pela sua natureza também uma máquina de poder. O pior que poderia acontecer ao PS seria cair na tentação de usar essa força motriz tão determinante para transformar e melhorar o quotidiano, em lutas internas ou de posicionamento para o futuro, transcendendo o salutar debate sobre as medidas e opções que melhor servem o seu compromisso politico sufragado pelos portugueses.

Nada nem ninguém é eterno, qualquer que seja a função ou o projeto que lidere. Quando o PS precisar de uma nova liderança não lhe faltarão militantes com provas dadas e perfil para a exercer. Mas este ainda é o tempo de entregar às portuguesas e aos portugueses as respostas pelas quais anseiam e constam do compromisso político para a década. O PS que procura tornar melhor a vida das pessoas em nome de um projeto político com passado, presente e futuro, é o meu PS.

 

Eurodeputado do PS

Crónica sobre o PS


O PS é um grande partido da democracia, que esteve presente quando foi preciso conquistá-la antes do 25 de Abril e quando foi preciso resgatá-la depois dele.


Não me imaginava a iniciar 2023 a escrever sobre o PS (Partido Socialista), numa crónica que aborda neste espaço a politica dos novos tempos da globalização e da aceleração tecnológica, semanalmente e há quase cinco anos consecutivos, mas a vida é feita de surpresas.

Num momento em que a governação sofreu mais um forte impacto e foi corroída por episódios pouco abonatórios e em que muitos se comprazem em atacar o PS ou em tentar fragmentá-lo, não posso deixar de recordar que o PS é um grande partido da democracia, que esteve presente quando foi preciso conquistá-la antes do 25 de Abril e quando foi preciso resgatá-la depois dele.

Sublinho, com a ênfase que o momento exige, que o PS não é de ninguém e é de todos os que nele militam ou nele se revêm. É de muitas mulheres e homens que já conquistaram um lugar na nossa história, e de muitos outros que de forma menos visível conduziram as suas comunidades na senda do progresso e do desenvolvimento. Para o bem e também para o menos bem, este é o PS em que milito desde muito jovem e que represento agora no Parlamento Europeu, representando através dele todos os portugueses em abstrato e a sua maioria por expressão livre de vontade através do voto.

O PS é o mandatário da maioria dos portugueses para conduzir o país nos tempos difíceis que atravessamos. Não é perfeito. Não acredito na perfeição em política, mas antes no esforço continuado para respeitar valores ideológicos e éticos. Em nome do PS muitas medidas positivas e também alguns erros e desvarios éticos e morais têm sido cometidos, mas não existe um PS bom e um PS mau. Essa matriz cunhada para de forma infeliz tentar resolver um imbróglio bancário, não se aplica ao Partido de Mário Soares e tantas outras figuras maiores da nossa história, nem aos muitos milhares de portuguesas e portugueses que nele militaram ou militam ou que com ele trabalham no dia a dia para melhorar a vida dos seus concidadãos.

O PS é o maior Partido português por escolha dos eleitores. Trabalhar para que ele responda aos desafios do país e aos anseios de quem nele confiou, em nome da social-democracia e do socialismo democrático, é a prioridade que deve mover, primeiro que tudo o resto, todos os socialistas e os que em nome do PS ou por ele inspirados exercem funções políticas ou atividade cívica.

Um partido político é pela sua natureza também uma máquina de poder. O pior que poderia acontecer ao PS seria cair na tentação de usar essa força motriz tão determinante para transformar e melhorar o quotidiano, em lutas internas ou de posicionamento para o futuro, transcendendo o salutar debate sobre as medidas e opções que melhor servem o seu compromisso politico sufragado pelos portugueses.

Nada nem ninguém é eterno, qualquer que seja a função ou o projeto que lidere. Quando o PS precisar de uma nova liderança não lhe faltarão militantes com provas dadas e perfil para a exercer. Mas este ainda é o tempo de entregar às portuguesas e aos portugueses as respostas pelas quais anseiam e constam do compromisso político para a década. O PS que procura tornar melhor a vida das pessoas em nome de um projeto político com passado, presente e futuro, é o meu PS.

 

Eurodeputado do PS