As autoridades australianas anunciaram hoje os resultados finais das eleições legislativas do passado dia 21 de maio e que deram a vitória aos trabalhistas liderados por Anthony Albanese, que ocupa agora o cargo de primeiro-ministro.
A Comissão Eleitoral Australiana declarou hoje que o lugar de deputado de Cooper (Estado de Vitória) é o 77º parlamentar do Partido Trabalhista numa câmara constituído por 151 representantes.
Anteriormente, os conservadores do Partido Liberal tinham sido declarados vencedores em O'Connor (Austrália Ocidental).
A pequena vantagem alcançada pelos trabalhistas significa que o governo não vai ter de negociar com a oposição ou deputados "não-alinhados" para conseguir aprovar legislação na Câmara Baixa do parlamento de Camberra.
A mesma situação não se verifica no Senado onde os trabalhistas só conseguiram 26 dos 76 lugares.
Assim, se os trabalhistas convencerem os 12 senadores do Partido Verdes a apoiar as medidas defendidas por Albanese, o governo só precisará de persuadir um dos seis independentes ou "não-alinhados" para alcançar a maioria no Senado.
Os Verdes, concentrados em questões ligadas ao meio ambiente, detinham apenas nove lugares no Senado anterior.
O teste político inicial vai acontecer a 26 de julho quando o novo governo tentar aprovar legislação sobre a nova meta de redução de gases de efeito de estufa.
Os trabalhistas prometeram de reduzir – até 2030 – as emissões da Austrália em 43% abaixo dos níveis de 2005 e o governo adotou formalmente a meta na semana passada.
A coligação dos conservadores estabeleceu uma meta menos ambiciosa, defendendo uma redução de 28% até o final da década.
Por outro lado, o Partido Verdes disse que vai pressionar o governo para proibir a instalação de novas minas de carvão e projetos de gás.
Os Verdes pretendem que as emissões de gases de efeito estufa australianas sejam reduzidas em 75% até 2030.
Nas eleições gerais os principais partidos perderam deputados para as formações políticas que prometeram mais ações relativas às alterações climáticas.
O Partido Liberal perdeu seis deputados em votos que se transferiram para os independentes e Os Verdes.
O número de parlamentares "não-alinhados" com os principais partidos aumentou de sete para 16 no novo parlamento.