Ex-líder dos ‘Proud Boys’ acusado de conspiração no ataque ao Capitólio

Ex-líder dos ‘Proud Boys’ acusado de conspiração no ataque ao Capitólio


A mais recente acusação sobre estes elementos do grupo extremista surge quando a comissão de investigação da Câmara dos Representantes se prepara para iniciar as audiências públicas esta semana, para expor as suas conclusões.


O ex-líder e outros quatro membros do grupo extremista 'Proud Boys' foram acusados de conspiração sediciosa, no processo que os procuradores federais consideram ter sido um ataque coordenado ao Capitólio dos Estados Unidos, adiantaram na segunda-feira as autoridades.

A mais recente acusação sobre estes elementos do grupo extremista surge quando a comissão de investigação da Câmara dos Representantes se prepara para iniciar as audiências públicas esta semana, para expor as suas conclusões.

A acusação alega que os 'Proud Boys' conspiraram para se opor à força à transferência legal do poder presidencial.

Tarrio e os outros membros, Ethan Nordean, Joseph Biggs, Zachary Rehl e Dominic Pezzola, tinham sido anteriormente acusados de diferentes acusações de conspiração.

Os procuradores federais consideram que a invasão ao Capitólio, ocorrida em 06 de janeiro de 2021, foi um ataque coordenado para impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Após as eleições presidenciais de novembro de 2020, o então Presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, incentivou milhares de apoiantes a marcharem sobre o Capitólio alegando fraude eleitoral, que nunca foi comprovada.

Tarrio, residente no sul da Florida, tem estado detido desde 08 de março, um dia após a sua acusação. Segundo a acusação, com outros líderes dos "Proud Boys" utilizou canais codificados, meios de comunicação social e outras comunicações eletrónicas para planear e realizar uma conspiração para invadir o Capitólio

O antigo líder dos 'Proud Boys' não estava no local quando o motim eclodiu, na sequência de uma ordem do tribunal depois de ser detido pela polícia em Washington dois dias antes, acusado de vandalizar um cartaz do movimento Black Lives Matter, numa histórica igreja, durante um protesto em dezembro de 2020.

Estas acusações relacionadas com a invasão do Capitólio estão entre as mais graves apresentadas até agora mas não são inéditas.

Onze membros ou filiados da milícia antigovernamental Oath Keepers, incluindo seu fundador e líder Stewart Rhodes, foram acusados em 12 de janeiro de conspiração sediciosa no ataque ao Capitólio.

Mais de três dúzias de pessoas acusadas no motim no Capitólio foram identificadas pelas autoridades federais como líderes, membros ou associados dos 'Proud Boys'.