A última previsão do Banco Mundia indica que o crescimento global diminuirá para 4,1% este ano, de 5,5% em 2021. David Malpass atribui a desaceleração às ameaças de vírus, ao abrandar dos incentivos económicos por parte dos governos e ao retrocesso numa recuperação inicial e no que toca a um esperado aumento da procura nos mercados internacionais. Mas Malpass vincou que a sua maior preocupação é com o aumento da desigualdade global.
"O grande obstáculo é a desigualdade que está inscrita na matriz do próprio sistema", disse à BBC, adiantando que os países mais pobres são especialmente vulneráveis aos danos económicos dos esforços para combater a inflação. "As perspectivas para os países mais fracos indicam que estes estão cada vez mais a ficar para trás. Isso provoca insegurança."
Entretanto, o Fórum Económico Mundial (WEF) alertou que recuperações económicas divergentes estavam a dificultar a colaboração em desafios globais, como as mudanças climáticas. “A ampliação das disparidades dentro e entre os países não apenas tornará mais difícil controlar o Covid-19 e as suas variantes, mas também arrisca paralisar, se não reverter, acções conjuntas contra ameaças compartilhadas que o mundo não pode ignorar”, disse o FEM no seu relatório anual de riscos globais na terça-feira.