À medida que nos aproximamos do Natal e que o final de mais um ano está aí à porta é sempre tempo de usarmos um pouco do nosso para fazermos uma espécie de balanço.
Percebermos se fomos mais tolerantes, mais solidários, mais generosos ou melhor pessoa para com o próximo deveria ser sempre fruto de alguma introspeção.
No meio deste exercício, existe uma reflexão particular que faço em particular e para a qual convido também todos a fazer. Ela consiste no meu pequeno contributo para a sustentabilidade ambiental e que as contradições de consumo desta quadra natalícia fazem sobressair de forma bastante evidente. No entanto, tento sempre fazer algo que me permita melhorar um pouco a minha pegada ecológica.
Infelizmente, esta quadra festiva é novamente marcada pela pandemia da COVID-19, que é cada vez mais uma realidade perene na nossa vida.
Confesso que começo a ter dificuldades em imaginar o mundo sem máscaras de proteção, sem testes à Covid e já perdi a noção de como cumprimentar alguém com quem não convivo diariamente. A realidade tem sido difícil e particularmente dura para as pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade e para todos aqueles que perderam familiares devido à pandemia, mas a resiliência humana revela-se sempre perante as adversidades e sei que conseguiremos, enquanto comunidade, dar a volta por cima.
Como referi, tento sempre fazer uma reflexão sobre o ano que passou e, para este exercício, socorro-me do que aqui escrevi nos anos anteriores nesta mesma altura do ano. Há um ano estávamos todos otimistas com a descoberta da vacina para a COVID e em menos de um ano o nosso país tornou-se num dos países com maior taxa de vacinação e dos mais seguros do mundo quanto aos riscos por infeção.
Ora a realidade, tal como a vida, não é estática e subsistem riscos associados ao vírus, fruto de um mundo a várias velocidades e que tem impedido a erradicação da pandemia.
A humanidade continua sem fazer o suficiente para debelar este inimigo e em muitas partes do globo a situação continua bastante dramática. Precisamos fazer mais enquanto povos do mundo.
Celebremos, portanto, as coisas simples da vida como os amigos, a família e todos que, diariamente, continuam a fazer com que as nossas vidas continuem para lá de todas as provações.
Pedro Vaz