A era de Rio


Rui Rio estabeleceu um caminho que confia ser o mais adequado para Portugal e para o PSD, numa jornada onde tem tido parceiros e adversários.


Em vésperas de Congresso Nacional do PSD muitos se têm dedicado à reflexão sobre o ciclo que se avizinha, sobretudo depois das notícias à volta da elaboração das listas do PSD à Assembleia da República.

Sobre essa agitação recordo as palavras de George Orwell “a história é escrita pelos vencedores”, para retratar o que todos na política sempre souberam ser uma “verdade de La Palice”: quem ganha escolhe. 

A diferença vai estar sempre no estilo de liderança.

Rui Rio estabeleceu um caminho que confia ser o mais adequado para Portugal e para o PSD, numa jornada onde tem tido parceiros e adversários. Depois de uma terceira eleição, sempre com fortes oposições, Rui Rio decidiu ser menos agregador nas suas opções para as legislativas de 2022 do que havia sido para as de 2019. Fim da polémica, mas com feridas abertas.

Há um vasto conjunto de quadros políticos com serviço público à Comunidade que sentem a injustiça de uma decisão que, no final do dia, é meramente de confiança política. Rio escolheu ter na Assembleia da República apenas e só aqueles em quem confia.

Levam como único reconhecimento o facto de não ter sido posta em causa a sua competência, algo que não deixa de ser curto perante o extenso serviço público que têm tido.

Não querendo individualizar, não posso deixar de manifestar uma palavra de profunda gratidão a todos os que não viram ser confirmada a sua real possibilidade de continuarem o seu bom serviço público na Assembleia da República.

Num período em que Portugal elegeu como herói nacional um oficial da Marinha Portuguesa, é justo que possa dirigir aos deputados cessantes uma mensagem inspirada no lema inscrito em todos os navios da Marinha: “A Pátria honrai, que a Pátria vos contempla”. E onde os partidos falharem no reconhecimento pelo vosso serviço público, saibam que a Pátria sempre saberá fazê-lo.

Regressando à reflexão que quero propor, tenho de referir que, provavelmente, neste congresso do PSD vamos assistir a um segundo ato dessa decisão de Rui Rio se rodear exclusivamente dos apoiantes. 

Aliás, depois de dois Conselhos Nacionais onde viu ser chumbadas propostas suas, só pode ser expectável assistir à constituição de listas exclusivamente preenchidas por indefetíveis apoiantes.

Nas candidaturas que irão apresentar a órgãos como a Comissão Política Nacional, a Mesa do Congresso, o Conselho Nacional ou a Jurisdição Nacional, iremos assistir a um cerrar de fileiras. Não mais se irá sujeitar a flutuações que perturbem a sua liderança.

Porém, esse não pode ser o tema do Congresso.

O tema do Congresso deve ser o arranque da campanha eleitoral, do falar para os portugueses que olham para o PSD como alternativa a um (des)governo que nos trouxe estagnação do crescimento económico, nos trouxe crescimento abaixo da média da área Euro, que nos trouxe o aumento dos combustíveis, a diminuição das exportações.

Que sobretudo nos apresente a nova ambição que queremos ter para que os portugueses possam ambicionar a certeza de uma sólida visão que contrarie a esquizofrenia sobre a qual nos escreveu Miguel Sousa Tavares, quando nos disse que “O nosso sonho ou é o Quinto Império ou então chegar ao fim do mês e conseguir pagar a conta da luz”, sobretudo agora que já foram anunciados aumentos para a eletricidade.

Num período pré-eleitoral, onde a pandemia continua a condicionar as nossas vidas e onde os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) serão fatores eleitorais determinantes, precisamos de conseguir demonstrar aos portugueses que a fábula socialista, alicerçada numa “geringonça” que se baseava na não governação do centro-direita, afundou o país e não merece a confiança da continuada gestão de Portugal.

Em suma, que o que venhamos a debater em congresso é uma nova “Era de Rio”, de confiança no crescimento da produtividade, do crescimento económico e da atratividade, do rigor na despesa pública e na consolidação da democracia, para que não fiquemos reféns de quaisquer extremismos. 

A 30 de janeiro de 2022 os portugueses terão de decidir em quem querem confiar a educação dos seus filhos ou em quem querem confiar a gestão dos seus orçamentos familiares. A 30 de janeiro de 2022 terão de decidir se querem continuar embalados nas cigarras que têm gerido o país até hoje.

E quanto a nós, militantes do PSD, é tempo de trabalhar para garantir que essa Era de Rio venha a acontecer.

Presidente da concelhia do PSD/Lisboa e presidente da Junta de Freguesia da Estrela

A era de Rio


Rui Rio estabeleceu um caminho que confia ser o mais adequado para Portugal e para o PSD, numa jornada onde tem tido parceiros e adversários.


Em vésperas de Congresso Nacional do PSD muitos se têm dedicado à reflexão sobre o ciclo que se avizinha, sobretudo depois das notícias à volta da elaboração das listas do PSD à Assembleia da República.

Sobre essa agitação recordo as palavras de George Orwell “a história é escrita pelos vencedores”, para retratar o que todos na política sempre souberam ser uma “verdade de La Palice”: quem ganha escolhe. 

A diferença vai estar sempre no estilo de liderança.

Rui Rio estabeleceu um caminho que confia ser o mais adequado para Portugal e para o PSD, numa jornada onde tem tido parceiros e adversários. Depois de uma terceira eleição, sempre com fortes oposições, Rui Rio decidiu ser menos agregador nas suas opções para as legislativas de 2022 do que havia sido para as de 2019. Fim da polémica, mas com feridas abertas.

Há um vasto conjunto de quadros políticos com serviço público à Comunidade que sentem a injustiça de uma decisão que, no final do dia, é meramente de confiança política. Rio escolheu ter na Assembleia da República apenas e só aqueles em quem confia.

Levam como único reconhecimento o facto de não ter sido posta em causa a sua competência, algo que não deixa de ser curto perante o extenso serviço público que têm tido.

Não querendo individualizar, não posso deixar de manifestar uma palavra de profunda gratidão a todos os que não viram ser confirmada a sua real possibilidade de continuarem o seu bom serviço público na Assembleia da República.

Num período em que Portugal elegeu como herói nacional um oficial da Marinha Portuguesa, é justo que possa dirigir aos deputados cessantes uma mensagem inspirada no lema inscrito em todos os navios da Marinha: “A Pátria honrai, que a Pátria vos contempla”. E onde os partidos falharem no reconhecimento pelo vosso serviço público, saibam que a Pátria sempre saberá fazê-lo.

Regressando à reflexão que quero propor, tenho de referir que, provavelmente, neste congresso do PSD vamos assistir a um segundo ato dessa decisão de Rui Rio se rodear exclusivamente dos apoiantes. 

Aliás, depois de dois Conselhos Nacionais onde viu ser chumbadas propostas suas, só pode ser expectável assistir à constituição de listas exclusivamente preenchidas por indefetíveis apoiantes.

Nas candidaturas que irão apresentar a órgãos como a Comissão Política Nacional, a Mesa do Congresso, o Conselho Nacional ou a Jurisdição Nacional, iremos assistir a um cerrar de fileiras. Não mais se irá sujeitar a flutuações que perturbem a sua liderança.

Porém, esse não pode ser o tema do Congresso.

O tema do Congresso deve ser o arranque da campanha eleitoral, do falar para os portugueses que olham para o PSD como alternativa a um (des)governo que nos trouxe estagnação do crescimento económico, nos trouxe crescimento abaixo da média da área Euro, que nos trouxe o aumento dos combustíveis, a diminuição das exportações.

Que sobretudo nos apresente a nova ambição que queremos ter para que os portugueses possam ambicionar a certeza de uma sólida visão que contrarie a esquizofrenia sobre a qual nos escreveu Miguel Sousa Tavares, quando nos disse que “O nosso sonho ou é o Quinto Império ou então chegar ao fim do mês e conseguir pagar a conta da luz”, sobretudo agora que já foram anunciados aumentos para a eletricidade.

Num período pré-eleitoral, onde a pandemia continua a condicionar as nossas vidas e onde os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) serão fatores eleitorais determinantes, precisamos de conseguir demonstrar aos portugueses que a fábula socialista, alicerçada numa “geringonça” que se baseava na não governação do centro-direita, afundou o país e não merece a confiança da continuada gestão de Portugal.

Em suma, que o que venhamos a debater em congresso é uma nova “Era de Rio”, de confiança no crescimento da produtividade, do crescimento económico e da atratividade, do rigor na despesa pública e na consolidação da democracia, para que não fiquemos reféns de quaisquer extremismos. 

A 30 de janeiro de 2022 os portugueses terão de decidir em quem querem confiar a educação dos seus filhos ou em quem querem confiar a gestão dos seus orçamentos familiares. A 30 de janeiro de 2022 terão de decidir se querem continuar embalados nas cigarras que têm gerido o país até hoje.

E quanto a nós, militantes do PSD, é tempo de trabalhar para garantir que essa Era de Rio venha a acontecer.

Presidente da concelhia do PSD/Lisboa e presidente da Junta de Freguesia da Estrela