A carga fiscal, em Portugal, situou-se 1,3 pontos percentuais acima da média do conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 2020, segundo dados divulgados pela OCDE esta segunda-feira.
Segundo o relatório, a carga fiscal em Portugal foi de 34,8% no ano passado, valor que está acima da média do conjunto dos países da organização, que foi de 33,5%.
Diz ainda o relatório que a média de 33,5% do peso das receitas fiscais sobre o produto interno bruto (PIB) representou uma subida de 0,1 pontos percentuais face a 2019. No entanto, para Portugal, esse crescimento foi de 0,3 pontos percentuais.
A organização liderada por Mathias Cormann explica que “a carga fiscal não significa necessariamente que a quantidade de receitas fiscais tenha crescido em termos nominais ou mesmo reais”.
E acrescenta que, no ano passado, “o pequeno aumento da média da carga fiscal na OCDE ocorreu face à pandemia de covid-19, que levou a perdas alargadas tanto nas receitas fiscais nominais como no PIB nominal”. Assim, diz a OCDE as perdas estão maioritariamente relacionadas com o facto de, “na maioria dos países, o PIB ter caído mais do que as receitas fiscais”.
Segundo a OCDE, foi a Dinamarca que contou com a maior carga fiscal em 2020 (46,5%) “e com as exceções de 2017 e 2018, em que a da França foi maior, tem tido a maior carga fiscal dos países da OCDE desde 2002”.
Já a menor carga fiscal pertence ao México: 17,9%.