Escandaloso. É o adjetivo que melhor caracteriza o valor a que se encontram os combustíveis em Portugal, valor esse que coloca o bolso de qualquer português a arder e para o qual o Governo e António Costa continuam a assobiar para o lado. Não tenhamos dúvidas, a subida vertiginosa dos preços dos combustíveis tem como sinónimo, António Costa.
Tanto é que o peso da fiscalidade encarece de uma forma expressiva os valores por litro dos produtos petrolíferos em cerca de 60% do total pago pelos portugueses, o que a torna, com triste naturalidade, uma das mais elevadas da Europa.
Esta negra realidade para lá de trágica, chega até a ser cómica. Cómica porque ao preço a que os combustíveis se encontram e a toda a carga fiscal que sobre os portugueses é aplicada, qualquer extraterrestre que aterrasse em Portugal, rapidamente ficaria convencido de que somos um dos povos mais ricos do planeta Terra. Mas não somos. Não somos e a este ritmo cavalgamos galopantemente para uma realidade que cada vez mais, diariamente, dos que o são, nos afasta.
Para se ter uma ideia, porque escrevê-lo é claro, mas escrevê-lo com dados matemáticos ainda mais nítido se torna, se nos focarmos na gasolina, a análise aos dados da Comissão Europeia a 12 de julho, já permitia compreender que os impostos esmifram 58,7% do valor total pago pelos consumidores nos postos de abastecimento. Isto significa que do valor médio de 1,671 euros por litro, cerca de 98 cêntimos eram impostos.
Assustador, não é? E se a este dado juntarmos outro que nos revela que o valor anteriormente mencionado só em ultrapassado por sete países de todos os restantes países europeus? Estamos verdadeiramente a atingir patamares insustentáveis para qualquer carteira. Mas para António Costa, como sempre, está tudo bem. É pagar que é para isso, e só para isso, que como sempre, para os socialistas, todos servimos.
Mas vamos ao gasóleo. O gasóleo por sua vez ainda consegue ir mais longe porque para um preço médio de 1,455 euros por litro, temos que largar 78,5 cêntimos em impostos, 54% divididos entre ISP e outras taxas, como a tão badalada taxa de carbono, e o IVA.
Só cinco países têm uma fiscalidade mais severa à registada em Portugal que também aqui nesta estatística surge classificado como estando acima da média da Zona Euro da UE.
Aqui chegados é clara a noção de que é totalmente obscena para não dizer quase pornográfica, a carga fiscal que incide sobre os produtos petrolíferos e que acaba por ser superior ao preço de venda ao público desses produtos antes da aplicação de impostos, o que quer dizer, na prática, que não se compreende como pode uma componente fiscal ser superior à soma dos custos e margens de lucro somadas entre todos os elementos que compõem a cadeia de valor desta matéria prima, desde a sua extração, passando pelos transportes e custos de refinaria, terminando, naturalmente, na distribuição.
Continuemos assim. Aparentemente satisfeitos ou acomodados com esta governação socialista e de extrema-esquerda e um dia, ao acordarmos, não é só sobre os combustíveis que consumimos que teremos de pagar impostos. Acabaremos a pagar impostos pelo oxigénio que respiramos.
Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira