Ruben Semedo e a justiça popular


Por muito que a justiça defenda que todos são inocentes até prova em contrário, o acusado nunca mais se livrará da fama, nem do escândalo em que tudo isto se tornou. Terá a sua vida devassada e um dos piores rótulos que se pode ter na testa. O de violador.


O caso de Ruben Semedo e da alegada violação cometida na Grécia (país onde joga futebol profissional), tem feito por estes dias as delícias dos jornais e do povo. Do que se sabe, encontraram-se num bar onde assistiram a um concerto e depois foram para casa dele com mais duas pessoas. No dia seguinte uma das raparigas foi fazer queixa na polícia, acusando o jogador português de violação.

Ela garante que sim, ele jura a pés juntos que não. Certezas de momento ninguém tem. Ou melhor, têm aqueles que mais uma vez se gostam de substituir à justiça e rapidamente realizaram juízos de valor, talvez pelos antecedentes criminais do internacional pelo nosso país, ou por ser negro ou ainda e tão só porque temas destes dão likes e seguidores nas redes sociais, a quem vai tendo alguma dificuldade para sobressair a expensas próprias. 

Vamos por partes. Acho o crime de violação um dos mais abjectos e hediondos da nossa sociedade. Espero muito sinceramente que se faça justiça e se for esse o caso, que Ruben seja exemplarmente punido. Mas, e se se der o caso de ele não ter cometido qualquer crime? E se o sexo tiver sido consentido, como parecem indiciar os exames forenses?

E se tudo não passou de uma retaliação de uma jovem menina mimada que não gostou de ser rejeitada após uma noite de sexo quando já sonhava com uma vida fácil e cheia de regalias e tentou extorquir dinheiro a um jogador de futebol? Os exames à menor não detetam qualquer sinal de violação e os depoimentos são altamente contraditórios.

Vou deixar por isso os julgamentos em praça pública e os juízos de valor para os arautos da moralidade que por aí andam. Prefiro esperar pelo resultado do verdadeiro julgamento para tirar as minhas próprias conclusões. Mas há uma coisa que eu já sei.

Por muito que a justiça defenda que todos são inocentes até prova em contrário, o acusado nunca mais se livrará da fama, nem do escândalo em que tudo isto se tornou. Terá a sua vida devassada e um dos piores rótulos que se pode ter na testa. O de violador.

A ser verdade, tudo isso será uma ínfima parte do que merece, mas se não for, muitos dos que por aí andam a escrever textos bonitos nas costas e publicações cheias de certezas terão contribuído para assassinar de vez a imagem de um alvo que se tornou demasiado fácil.

Veremos se os fanáticos do “Me Too” não terão que assistir ao reverso da medalha, sofrendo posteriormente os ataques dos que habitualmente saem à rua para gritar “Black Lives Matter”. O que me parece altamente reprovável é esta necessidade instalada na sociedade (muito por culpa das redes sociais e de alguns jornais sensacionalistas), de assumirem-se posições fraturantes e com consequências tão gravosas só por mera intuição, gozo pessoal ou vontade de ver sangue.

Sobretudo algumas figuras públicas que por terem essa responsabilidade acrescida deviam pensar duas vezes antes de assumirem certo tipo de posições. É que como isto está, ninguém parece estar a salvo e um dia podem bem ser elas a “sair na rifa”. Acima de tudo que se faça justiça.

Ruben Semedo e a justiça popular


Por muito que a justiça defenda que todos são inocentes até prova em contrário, o acusado nunca mais se livrará da fama, nem do escândalo em que tudo isto se tornou. Terá a sua vida devassada e um dos piores rótulos que se pode ter na testa. O de violador.


O caso de Ruben Semedo e da alegada violação cometida na Grécia (país onde joga futebol profissional), tem feito por estes dias as delícias dos jornais e do povo. Do que se sabe, encontraram-se num bar onde assistiram a um concerto e depois foram para casa dele com mais duas pessoas. No dia seguinte uma das raparigas foi fazer queixa na polícia, acusando o jogador português de violação.

Ela garante que sim, ele jura a pés juntos que não. Certezas de momento ninguém tem. Ou melhor, têm aqueles que mais uma vez se gostam de substituir à justiça e rapidamente realizaram juízos de valor, talvez pelos antecedentes criminais do internacional pelo nosso país, ou por ser negro ou ainda e tão só porque temas destes dão likes e seguidores nas redes sociais, a quem vai tendo alguma dificuldade para sobressair a expensas próprias. 

Vamos por partes. Acho o crime de violação um dos mais abjectos e hediondos da nossa sociedade. Espero muito sinceramente que se faça justiça e se for esse o caso, que Ruben seja exemplarmente punido. Mas, e se se der o caso de ele não ter cometido qualquer crime? E se o sexo tiver sido consentido, como parecem indiciar os exames forenses?

E se tudo não passou de uma retaliação de uma jovem menina mimada que não gostou de ser rejeitada após uma noite de sexo quando já sonhava com uma vida fácil e cheia de regalias e tentou extorquir dinheiro a um jogador de futebol? Os exames à menor não detetam qualquer sinal de violação e os depoimentos são altamente contraditórios.

Vou deixar por isso os julgamentos em praça pública e os juízos de valor para os arautos da moralidade que por aí andam. Prefiro esperar pelo resultado do verdadeiro julgamento para tirar as minhas próprias conclusões. Mas há uma coisa que eu já sei.

Por muito que a justiça defenda que todos são inocentes até prova em contrário, o acusado nunca mais se livrará da fama, nem do escândalo em que tudo isto se tornou. Terá a sua vida devassada e um dos piores rótulos que se pode ter na testa. O de violador.

A ser verdade, tudo isso será uma ínfima parte do que merece, mas se não for, muitos dos que por aí andam a escrever textos bonitos nas costas e publicações cheias de certezas terão contribuído para assassinar de vez a imagem de um alvo que se tornou demasiado fácil.

Veremos se os fanáticos do “Me Too” não terão que assistir ao reverso da medalha, sofrendo posteriormente os ataques dos que habitualmente saem à rua para gritar “Black Lives Matter”. O que me parece altamente reprovável é esta necessidade instalada na sociedade (muito por culpa das redes sociais e de alguns jornais sensacionalistas), de assumirem-se posições fraturantes e com consequências tão gravosas só por mera intuição, gozo pessoal ou vontade de ver sangue.

Sobretudo algumas figuras públicas que por terem essa responsabilidade acrescida deviam pensar duas vezes antes de assumirem certo tipo de posições. É que como isto está, ninguém parece estar a salvo e um dia podem bem ser elas a “sair na rifa”. Acima de tudo que se faça justiça.