Sardinha – um regresso em força ao “Mar português”


As medidas adotadas para repor o stock de sardinha no amplo mar ibérico começam a dar resultados. No entanto, é preciso compensar o esforço dos pescadores e empresários aumentando o volume de capturas, sem voltar a colocar em causa a subsistência da espécie


Sem santos populares onde a sardinha portuguesa é rainha, resta-nos a oportunidade que ela abunde em quantidade e qualidade à mesa dos portugueses durante o verão.

E em verdade pode vir a ser um bom ano para relançarmos este produto, o qual garante uma forte atividade industrial, comercial, social e de emprego à economia do “Mar português”.

A sardinha portuguesa é um produto de grande valor gastronómico e cultural, pois é fator de convívio e de transmissão de histórias que nos afirmam como um povo diferente e diferenciado.

Este pescado, parte essencial da dieta mediterrânica, muito nutritivo, rico em ômega 3, detentor de forte reserva de fósforo, triptofano e vitamina B12, capaz de melhorar a memória e o funcionamento do cérebro, de ajudar a tratar inflamações crónicas e de reduzir o risco cardiovascular é um alimento de enorme qualidade.

No presente ano, a campanha de apanha da sardinha nas águas do “Mar português” iniciou-se em 17 de maio, estando autorizada uma descarga até ao volume global de 10 mil toneladas, número manifestamente insuficiente para as necessidades comerciais e da indústria transformadora deste pescado.

No entanto, considerando as informações científicas que regularmente são recolhidas, confirma-se um substancial crescimento deste pescado em águas ibéricas, aparentemente em resultado das fortes limitações impostas à captura da sardinha ocorridas nos últimos anos.

Assim, é previsível ainda no decurso deste ano, durante este mês, uma reavaliação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) dos valores de captura para este ano, podendo ajudar a determinar que os mesmos venham a ser alterados para uma dimensão entre as 20 a 25 toneladas de sardinhas até ao final da temporada, 31 de julho, data que também poderá vir a ser alterada.      

Esta circunstância poderá não só permitir um aumento do consumo direto de sardinha fresca, como também oferecer boas condições para uma redução da balança comercial portuguesa.

Tal como permitirá recuperar uma parte do que este setor pesqueiro perdeu nestes últimos anos, assegurando alguma melhora às condições financeiras e sociais de empresas, empresários e trabalhadores.  

Por outro lado, o aumento de captura da sardinha certamente que também contribuirá para a indústria de transformação do pescado, em particular a conserveira, nomeadamente na redução das importações ao adquirir este pescado nacional, facto que pode dar um maior equilíbrio à nossa balança comercial, atualmente com um défice superior a 1000 milhões de euros.

Se assim for, o regresso em força da sardinha portuguesa ─ a rainha ─ poderá contribuir para a recuperação económica, mostrando a sua resiliência, dando a oportunidade de 2021 ser um bom ano para o “Mar Português”.

Sardinha – um regresso em força ao “Mar português”


As medidas adotadas para repor o stock de sardinha no amplo mar ibérico começam a dar resultados. No entanto, é preciso compensar o esforço dos pescadores e empresários aumentando o volume de capturas, sem voltar a colocar em causa a subsistência da espécie


Sem santos populares onde a sardinha portuguesa é rainha, resta-nos a oportunidade que ela abunde em quantidade e qualidade à mesa dos portugueses durante o verão.

E em verdade pode vir a ser um bom ano para relançarmos este produto, o qual garante uma forte atividade industrial, comercial, social e de emprego à economia do “Mar português”.

A sardinha portuguesa é um produto de grande valor gastronómico e cultural, pois é fator de convívio e de transmissão de histórias que nos afirmam como um povo diferente e diferenciado.

Este pescado, parte essencial da dieta mediterrânica, muito nutritivo, rico em ômega 3, detentor de forte reserva de fósforo, triptofano e vitamina B12, capaz de melhorar a memória e o funcionamento do cérebro, de ajudar a tratar inflamações crónicas e de reduzir o risco cardiovascular é um alimento de enorme qualidade.

No presente ano, a campanha de apanha da sardinha nas águas do “Mar português” iniciou-se em 17 de maio, estando autorizada uma descarga até ao volume global de 10 mil toneladas, número manifestamente insuficiente para as necessidades comerciais e da indústria transformadora deste pescado.

No entanto, considerando as informações científicas que regularmente são recolhidas, confirma-se um substancial crescimento deste pescado em águas ibéricas, aparentemente em resultado das fortes limitações impostas à captura da sardinha ocorridas nos últimos anos.

Assim, é previsível ainda no decurso deste ano, durante este mês, uma reavaliação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) dos valores de captura para este ano, podendo ajudar a determinar que os mesmos venham a ser alterados para uma dimensão entre as 20 a 25 toneladas de sardinhas até ao final da temporada, 31 de julho, data que também poderá vir a ser alterada.      

Esta circunstância poderá não só permitir um aumento do consumo direto de sardinha fresca, como também oferecer boas condições para uma redução da balança comercial portuguesa.

Tal como permitirá recuperar uma parte do que este setor pesqueiro perdeu nestes últimos anos, assegurando alguma melhora às condições financeiras e sociais de empresas, empresários e trabalhadores.  

Por outro lado, o aumento de captura da sardinha certamente que também contribuirá para a indústria de transformação do pescado, em particular a conserveira, nomeadamente na redução das importações ao adquirir este pescado nacional, facto que pode dar um maior equilíbrio à nossa balança comercial, atualmente com um défice superior a 1000 milhões de euros.

Se assim for, o regresso em força da sardinha portuguesa ─ a rainha ─ poderá contribuir para a recuperação económica, mostrando a sua resiliência, dando a oportunidade de 2021 ser um bom ano para o “Mar Português”.