‘’O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo’’, foi Bernard Shaw quem o disse, entre outras coisas sábias como esta, mas resolvemos fazer exatamente o contrário do que fazem os nossos adversários, já que inimigos, só na guerra em que ou se mata ou se é morto. Aqui, em Portugal, em democracia, esperamos que não cheguem a esse ponto, apesar de alguns humanoides, regressados de outras paragens longínquas, ameaçarem rivais, de forma grosseira, rude, sem classe e sem qualquer consistência, por que atiram sempre ao lado, de forma intencional, pois só querem marcar presença, nada mais.
Solicitar a uma qualquer instituição o que não é das suas atribuições é de facto um ato nulo, de nenhum efeito prático e que só pode impressionar os indígenas de terras longínquas, por que têm outra cultura… Nós sabemo-lo bem, por que já lá estivemos, já os tínhamos estudado antes, e conhecemo-los depois, para perceber e sentir as suas almas, os seus desejos e aspirações.
Portugal é um país rico pela sua diversidade genética, pela sua cultura multicultural e multirracial, pela sua capacidade de adaptação a novas situações e, sobre tudo, pela sua enorme arte de ajudar terceiros a se aculturarem em outras áreas geográficas adversas e até, em certos casos, de se deixarem aculturar por outras culturas.
Pensamos que é importante possuir um diploma académico, em determinada área, quando se quer agitar as suas águas, pois, caso contrário, podemos fazer uma triste figura e até ficarmos desacreditados quando só dizemos banalidades ou barbaridades, só para ‘show off’…
Quando se teve uma juventude de esquerda radical, estilo MRPP, e se disseram coisas próprias da idade das ilusões, temos que estar preparados para as críticas daqueles outros que estão a assistir ao recente ‘show’, lembrando-se bem desses incendiários de rua e de panfletos, porque já são velhos.
Quando se pretende atacar uma pessoa, só porque se tem medo dela, pode ser uma estratégia de defesa, mas é uma forma errada de se fazer política e, ainda mais quando se foi revolucionário na juventude.
Questão pertinente, embora embaraçosa de decidir, é alguém solicitar a um organismo a ilegalização de um partido político, com existência legal, sabendo bem, quem o solicitou, que existem dois partidos políticos que deviam ser ilegalizados por que são contra a democracia e que, a seu tempo, tudo farão para a destruir, já que o que pretendem é implantar uma ditadura do proletariado, mas quanto a esses nada disse.
Quem adquiriu uma licenciatura numa universidade pública, em Ciência Política, sabe-o bem, e quem assistiu, como nós em 1975 à ‘revolução de rua’ de certos apaniguados do PCP, verificou, ‘in loco’ que foi isso que alguns tentaram pelas armas, quando sem hesitar, mataram o malogrado tenente Coimbra, pelas costas, que estava do outro lado da barricada em defesa da democracia.
Será o Tribunal Constitucional capaz de ilegalizar um partido político que não tem qualquer razão para ser ilegalizado e não ilegalizar outros dois que têm razões, de sobra, para o serem? Isso é uma questão que um ex-MRPP devia entender, mas pelos vistos parece que não entende.
Quando se destila ódio, e alimenta ódio por alguém, não se está em condições de poder participar numa democracia política. A política também precisa de amor, quanto mais não seja do amor ao próximo, que é essencial e imprescindível em qualquer dirigente político, já que a política é uma obra de amor ao próximo, de total entrega, de sofrimento e de trabalho árduo, em que em troca só se recebe ingratidão, injúrias, ameaças e por fim desprezo.
Sociólogo
Escreve quinzenalmente