África do Sul pondera dar vacina em fase de testes a pessoal da saúde

África do Sul pondera dar vacina em fase de testes a pessoal da saúde


A estratégia de inoculação da África do Sul está a ser observada globalmente, porque a variante inicialmente detetada e agora dominante está a espalhar-se em mais de 30 países.


A África do Sul admite administrar aos trabalhadores da saúde uma vacina contra a covid-19 ainda em fase de testes, após suspender o lançamento da vacina AstraZeneca, cujos resultados preliminares apontam uma eficácia mínima contra a variante dominante.

O país trabalha atualmente numa nova estratégia de vacinação depois de ter suspendido a utilização da vacina AstraZeneca, mais barata e mais fácil de manusear, mas cujos resultados preliminares num pequeno estudo mostraram ser apenas minimamente eficaz contra casos ligeiros a moderados da doença causados pela variante dominante neste país africano.

As possibilidades que estão a ser consideradas são a mistura da vacina da AstraZeneca com outra ou uma dose única da vacina da Johnson & Johnson, que ainda não obteve autorização para ser administrada, a 100.000 trabalhadores do setor da saúde, enquanto se controla a sua eficácia contra a variante.

Há razões para esperar que a vacina da Johnson & Johnson possa ter melhores resultados no país. Os resultados iniciais de um teste internacional da vacina mostraram que ela é 57% eficaz na África do Sul na prevenção da covid-19 moderada a grave.

Valores inferiores aos obtidos em outros países como os Estados Unidos (72% de eficácia) ou 85% a nível internacional, na prevenção dos sintomas mais graves.

"Não podemos esperar. Já temos bons dados locais", afirmou a diretora do Conselho de Investigação Médico da África do Sul, Glenda Gray, que liderou a parte sul-africana do ensaio global.

Salientou que os ensaios clínicos mostram que a vacina J&J é segura. Tal como a AstraZeneca, também é mais fácil de manusear do que as vacinas congeladas da Pfizer e Moderna.

A estratégia de inoculação da África do Sul está a ser observada globalmente, porque a variante inicialmente detetada e agora dominante está a espalhar-se em mais de 30 países.