Apresentar desculpas em vez de resultados


O Governo falha constantemente por falta de ambição e competência. Não faz nem mais nem melhor porque não é capaz. É o que temos.


Para que se obtenham resultados seja em que projeto for, é necessário organizar as condições elementares de funcionamento que passam essencialmente pela seguinte estrutura:

– Ambição e visão de futuro

– Estratégia

– Análise de recursos

– Definição de objetivos

– Planeamento

– Implementação

– Controlo e avaliação

Este é o chamado business as usual de gente séria, de trabalho, capacitada e competente, com brio, focada nos objetivos e, acima de tudo, capaz de apresentar resultados. Depois há os outros, os chamados contadores de histórias, gente de esquema e arranjinhos, de muita conversa e aldrabice, incapazes e incompetentes, que exibem sempre uma história e uma desculpa.

É fácil entender por onde anda esta legislatura e os destinos de Portugal. Com fraca ambição e ausência de visão de futuro, sem estratégia, frágil de recursos, com uma total ausência de planeamento, implementações caóticas e desorganizadas e um total desrespeito pelas metodologias e critérios de avaliação.

O Governo falha constantemente por falta de ambição e competência. Não faz nem mais nem melhor porque não é capaz. É o que temos.

Se adequadamente visionado, planeado e implementado, o país poderia ter hoje uma situação bastante diferente em vários aspetos no que ao impacto da pandemia respeita. Vou apenas focar dois que considero essenciais: educação e turismo.

Quando encerrou as escolas, proibindo a lecionação à distância, o Governo remeteu centenas de milhares de jovens para dias de ócio, cultura de preguiça e adiamento da aprendizagem. Um sinal absolutamente inacreditável ao nível da exigência e profissionalismo na preparação para a vida dos jovens que irão, no seu futuro, ter de pagar a fatura que os Governos socialistas foram, ao longo das últimas décadas, gerando montantes absurdos de endividamento; incompetência e irresponsabilidade extrema. O Governo atrasou-se de forma absolutamente leviana na aquisição e consequente entrega de computadores aos mais desfavorecidos, atrasou-se na oferta de 5G – na Europa comunitária, apenas Portugal, Lituânia, Chipre e Malta não têm uma oferta comercial de 5G. Apesar destes atrasos, poderia ter feito mais e melhor. Poderia, por exemplo, ter usado o ensino via televisão – um canal por cada ano de ensino obrigatório. Perdeu uma boa oportunidade de democratizar na sociedade portuguesa o acesso a tecnologias de comunicação essenciais à aprendizagem e desenvolvimento dos jovens portugueses, nomeadamente os provenientes de famílias com menos posses.

Poderia ter criado duas ou três zonas de turismo altamente protegidas e devidamente controladas que atraíssem públicos com alto poder de compra e que poderiam viver e trabalhar à distância dos seus locais de residência, em unidades hoteleiras devidamente preparadas do ponto de vista sanitário e tecnológico, durante a fase de confinamento nos seus próprios países, aproveitando melhor clima e mais conforto a preços competitivos – há alguns casos de sucesso de estratégias idênticas a funcionarem no mundo.

Em vez disso, estamos constantemente a ouvir desculpas e justificações para os maus resultados. O Governo faz constantemente promessas que sabe antecipadamente não ser capaz de cumprir. O Governo falha constantemente em dar aos portugueses soluções de crescimento económico e justiça social, e uma vez mais empurra o país para ambientes tecnológicos e económicos próprios de séc. xx. É de uma competência extrema a gerir a propaganda e a mentira – o último de vários exemplos, a nomeação do procurador europeu, envergonha-nos a todos em termos internacionais. Vale tudo sem qualquer pudor.

Os destinos do país estão há tempo demais nas mãos de quem já demonstrou por várias vezes a total incapacidade de gerir o caos, de gerir com foco estratégico, de planear e de dar o exemplo a seguir. António Costa, que tem funções governativas desde 1995, há muito que ultrapassou o prazo de validade do bom senso, da necessidade de desenvolvimento e dos desafios que o país e a economia enfrentam. É evidente aos olhos de quem queira olhar. Faço votos que os portugueses saibam colocar definitivamente ordem nesta aselhice.

 

CEO do Taguspark e professor da Escola de Gestão do ISCTE


Apresentar desculpas em vez de resultados


O Governo falha constantemente por falta de ambição e competência. Não faz nem mais nem melhor porque não é capaz. É o que temos.


Para que se obtenham resultados seja em que projeto for, é necessário organizar as condições elementares de funcionamento que passam essencialmente pela seguinte estrutura:

– Ambição e visão de futuro

– Estratégia

– Análise de recursos

– Definição de objetivos

– Planeamento

– Implementação

– Controlo e avaliação

Este é o chamado business as usual de gente séria, de trabalho, capacitada e competente, com brio, focada nos objetivos e, acima de tudo, capaz de apresentar resultados. Depois há os outros, os chamados contadores de histórias, gente de esquema e arranjinhos, de muita conversa e aldrabice, incapazes e incompetentes, que exibem sempre uma história e uma desculpa.

É fácil entender por onde anda esta legislatura e os destinos de Portugal. Com fraca ambição e ausência de visão de futuro, sem estratégia, frágil de recursos, com uma total ausência de planeamento, implementações caóticas e desorganizadas e um total desrespeito pelas metodologias e critérios de avaliação.

O Governo falha constantemente por falta de ambição e competência. Não faz nem mais nem melhor porque não é capaz. É o que temos.

Se adequadamente visionado, planeado e implementado, o país poderia ter hoje uma situação bastante diferente em vários aspetos no que ao impacto da pandemia respeita. Vou apenas focar dois que considero essenciais: educação e turismo.

Quando encerrou as escolas, proibindo a lecionação à distância, o Governo remeteu centenas de milhares de jovens para dias de ócio, cultura de preguiça e adiamento da aprendizagem. Um sinal absolutamente inacreditável ao nível da exigência e profissionalismo na preparação para a vida dos jovens que irão, no seu futuro, ter de pagar a fatura que os Governos socialistas foram, ao longo das últimas décadas, gerando montantes absurdos de endividamento; incompetência e irresponsabilidade extrema. O Governo atrasou-se de forma absolutamente leviana na aquisição e consequente entrega de computadores aos mais desfavorecidos, atrasou-se na oferta de 5G – na Europa comunitária, apenas Portugal, Lituânia, Chipre e Malta não têm uma oferta comercial de 5G. Apesar destes atrasos, poderia ter feito mais e melhor. Poderia, por exemplo, ter usado o ensino via televisão – um canal por cada ano de ensino obrigatório. Perdeu uma boa oportunidade de democratizar na sociedade portuguesa o acesso a tecnologias de comunicação essenciais à aprendizagem e desenvolvimento dos jovens portugueses, nomeadamente os provenientes de famílias com menos posses.

Poderia ter criado duas ou três zonas de turismo altamente protegidas e devidamente controladas que atraíssem públicos com alto poder de compra e que poderiam viver e trabalhar à distância dos seus locais de residência, em unidades hoteleiras devidamente preparadas do ponto de vista sanitário e tecnológico, durante a fase de confinamento nos seus próprios países, aproveitando melhor clima e mais conforto a preços competitivos – há alguns casos de sucesso de estratégias idênticas a funcionarem no mundo.

Em vez disso, estamos constantemente a ouvir desculpas e justificações para os maus resultados. O Governo faz constantemente promessas que sabe antecipadamente não ser capaz de cumprir. O Governo falha constantemente em dar aos portugueses soluções de crescimento económico e justiça social, e uma vez mais empurra o país para ambientes tecnológicos e económicos próprios de séc. xx. É de uma competência extrema a gerir a propaganda e a mentira – o último de vários exemplos, a nomeação do procurador europeu, envergonha-nos a todos em termos internacionais. Vale tudo sem qualquer pudor.

Os destinos do país estão há tempo demais nas mãos de quem já demonstrou por várias vezes a total incapacidade de gerir o caos, de gerir com foco estratégico, de planear e de dar o exemplo a seguir. António Costa, que tem funções governativas desde 1995, há muito que ultrapassou o prazo de validade do bom senso, da necessidade de desenvolvimento e dos desafios que o país e a economia enfrentam. É evidente aos olhos de quem queira olhar. Faço votos que os portugueses saibam colocar definitivamente ordem nesta aselhice.

 

CEO do Taguspark e professor da Escola de Gestão do ISCTE