Domingo. 20 horas. Estádio da Luz. Paris Saint-Germain e Bayern Munique vão fechar a inédita fase final da Liga dos Campeões 2019/20. Pela primeira vez na sua história, o clube francês alcançou o jogo derradeiro da principal prova da UEFA. Pela frente terá o emblema alemão, pentacampeão desta competição europeia (1974, 1975, 1976, 2001, 2013). O conjunto bávaro procura encerrar da melhor forma uma época notável, em que se sagrou octacampeão da Bundesliga. Na Champions, a formação treinada pelo alemão Hans-Dieter Flick apresenta o impressionante registo de 10 vitórias no mesmo número de encontros, com 42 (!!) golos marcados contra apenas 8 sofridos. Nas meias-finais, o emblema alemão bateu o Lyon de Anthony Lopes, por 3-0. Também em Lisboa, uma referência para a recente goleada histórica (8-2) aplicada ao Barcelona, nos quartos-de-final. Como fica percetível pelo registo 100% vitorioso na prova, a força do Bayern já vinha sendo demonstrada, de tal forma que nos oitavos venceu o Chelsea por 7-1 no conjunto das duas mãos (4-1 no segundo jogo, disputado já no regresso do futebol pós-confinamento devido à pandemia de covid-19). Já na fase de grupos, a narrativa desta história alemã tinha sido em tudo semelhante, com destaque para as vitórias expressivas alcançadas ante o Tottenham (7-2) ou o Crvena Zvezda (6-0): no total, foram 24 golos apontados ainda antes de entrar na fase do mata-mata.
O polaco Robert Lewandowski é a figura maior, e lidera a lista de melhores marcadores da prova com 15 golos. No clube alemão, Gnabry surge como o segundo melhor goleador, com 9 golos.
O temível Bayern tem assim todos os motivos para estar confiante na conquista da sexta Liga dos Campeões da sua história. Já Hans-Dieter Flick procura o terceiro troféu ao serviço da equipa, depois da conquista do campeonato e da Taça alemã. O técnico chegou ao Bayern no verão do último ano enquanto adjunto de Niko Kovac, mas em novembro foi oficializado como o novo treinador. Além dos dois troféus nas provas alemãs, o técnico tem ainda no currículo o Mundial 2014, conquistado pela Alemanha. À data, Flick era o adjunto do selecionador Joachim Löw, numa prova que ficou marcada pela goleada incrível (7-1) sobre a seleção brasileira nas meias-finais.
Já o PSG alcançou a final na Luz após bater o RB Leipzig nas meias, também por 3-0. No primeiro jogo disputado na capital portuguesa, o campeão da Ligue1 esteve perto de se despedir da prova dos milhões, depois de ter estado a perder frente à Atalanta até aos 89 minutos. Marquinhos e Choupo-Moting foram os autores dos golos do PSG nos quartos-de-final, com a revirvolta apontada em tempo de compensação. Nos oitavos, Neymar e companhia tinham derrotado o Borussia Dortmund; fase a que chegaram depois de vencerem o grupo A da prova, composto ainda por Real Madrid, Club Brugge e Galatasaray.
De resto, a final lisboeta vai acontecer sem nenhum jogador português: o guardião Anthony Lopes foi o último jogador luso a cair entre os cinco que marcaram presença nesta fase final. João Félix (Atlético de Madrid), Nélson Semedo (Barcelona) Bernardo Silva e João Cancelo (Manchester City) tinham sido eliminados nos quartos-de-final, a primeira eliminatória a decorrer já em Portugal.
Final entre os mais titulados da prova Antes de os holofotes serem colocados em Lisboa, o palco do futebol europeu vai ser alemão. Na noite desta sexta-feira realiza-se a final da Liga Europa, com o Sevilha e o Inter a disputarem o troféu da segunda mais importante prova de clubes a nível europeu.
O Sevilha procura o sexto título na prova, pelo que o clube espanhol é o recordista de vitórias, com cinco títulos (2005/06, 2006/07, 2013/14, 2014/15 e 2015/16). Curiosamente, nesta lista segue-se o Inter, com três conquistas (1990/91, 1993/94 e 1997/98). Atualmente empatado com Atlético de Madrid, Juventus e Liverpool, também com três troféus cada, o clube italiano tenta isolar-se no segundo lugar dos mais titulados, e colocar-se assim a apenas um do líder Sevilha.
Recorde-se que os comandados de Julen Lopetegui apuraram-se para o jogo decisivo após reviravolta sobre o Manchester United de Bruno Fernandes nas meias (2-1). O Inter juntou-se entretanto ao clube andaluz na final, mas após golear (5-0) o Shakhtar Donetsk do treinador português Luís Castro.
Com as finais europeias chega também o encerramento oficial da época 2019/20, marcada pela interrupção de cerca de três meses devido à pandemia de covid-19. Com as bancadas despidas desde a retoma do desporto-rei, este será, aliás, o tema principal em debate até ao arranque da próxima época. De relembrar que as pré-eliminatórias das provas europeias dão o pontapé de saída já em setembro, bem como o campeonato português.