Pouco mais de uma semana após Bruno Candé ter sido assassinado em plena luz do dia, em Moscavide, esta terça-feira foi a vez de um outro homem ser baleado numa movimentada avenida no Laranjeiro, Almada.
A vítima foi levada de imediato para o Hospital Garcia de Orta em estado crítico – ainda que não estivesse esta terça-feira à tarde em perigo de vida – e o suspeito dos disparos continuava ao fecho desta edição ainda a monte.
Segundo avançou o Jornal de Notícias, o autor do disparo, que será irmão da vítima, terá chegado ao local (junto a um posto de combustível) numa viatura onde seguiam mais pessoas. E colocou-se em fuga logo após ter disparado. Segundo a mesma publicação, o carro terá ficado no local e as autoridades estiveram durante esta terça-feira a tentar recolher pistas que permitissem perceber como acontecera a fuga e para onde terá ido o suspeito.
Tudo aconteceu por volta das 12h. O agressor terá disparado várias vezes, atingindo a vítima na face. Apesar da gravidade dos ferimentos, à chegada das autoridades e das equipas de socorro, a vítima aparentava estar calma e consciente de tudo o que tinha acontecido. A arma utilizada neste ataque terá sido de baixo calibre, acreditam as forças policiais que estiveram no terreno.
De acordo com testemunhas presentes no local terão sido quatro os tiros disparados. Logo após ser baleado, foram vários os populares que correram para o local para prestar auxílio à vítima.
Em imagens amadoras que circularam esta terça-feira na internet podem ver-se diversas pessoas a aproximarem-se do local a correr.
Dado o tipo de crime, e uma vez que se trata de um caso complexo, a competência da investigação é da Polícia Judiciária, que está já a investigar os contornos em que o mesmo aconteceu e quais serão os motivos que estão na origem.
Bruno Candé e a morte que chocou Moscavide
No penúltimo sábado, o ator de 39 anos Bruno Candé foi assassinado em plena via pública. Segundo familiares da vítima, o arguido terá discutido com o ator dias antes do homicídio e terá proferido insultos racistas. A família de Bruno Candé acredita assim que o homicídio teve motivações racistas.
O alegado homicida de Bruno Candé, recorde-se, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, tendo recusado prestar declarações no tribunal.