Novo livro desfaz dúvidas sobre vaping

Novo livro desfaz dúvidas sobre vaping


A obra pretende esclarecer as dúvidas de todos aqueles que pretendam usar o cigarro eletrónico como forma de deixar de fumar.


Há estudos que indicam que vapear é 95% menos nocivo para a saúde do que fumar

A escritora e jornalista catalã Silvia Taulés lançou o livro Vapear. Mais vantagens que inconvenientes, onde aborda o uso, as consequências, as vantagens e as desvantagens de vapear. O objetivo principal de Taulés com a publicação deste livro – que já vai na segunda edição – é esclarecer as dúvidas de todos aqueles que pensam em utilizar o cigarro eletrónico como método para deixar de fumar ou, pelo menos, reduzir o consumo de tabaco.

A obra reúne uma série de entrevistas a médicos que se têm dedicado ao combate ao tabagismo e vários testemunhos de utilizadores destes sistemas. Reflete também a experiência da própria autora, procurando aumentar o conhecimento e até quebrar certos mitos sobre um assunto que, nos últimos tempos, tem gerado polémica um pouco por todo o mundo.

O livro, o primeiro a abordar este tema em Espanha, refere estudos científicos recentes sobre os cigarros eletrónicos e disponibiliza legislação atual. Ainda sem data prevista de chegada a Portugal, a publicação da editora AMAT conta com prefácio do reputado médico oncologista espanhol Fernando Fernández Bueno, porta-voz da Plataforma pela Redução dos Danos Provocados pelo Tabagismo.

Com esta obra, Silvia Taulés pretende esclarecer todas as dúvidas sobre o cigarro eletrónico como forma de deixar de fumar ou, numa primeira fase, de reduzir o consumo de tabaco.

No livro encontram-se testemunhos a favor e contra. Entre eles está o médico Josep Maria Ramon, chefe de serviço de Medicina Preventiva do Hospital de Bellvitg, em Barcelona. O especialista foi responsável pela implementação, em 1993, da Unidade de Desabituação Tabágica nesta unidade hospitalar, considerada uma referência em Espanha, que trata anualmente mais de 500 novos fumadores. A experiência permitiu a Josep Maria Ramon comprovar a eficácia do cigarro eletrónico para deixar de fumar, daí que o recomende a pacientes que não o tenham conseguido através de outros métodos.

 

Vapear é 95% menos nocivo para a saúde do que fumar tabaco

Quer Fernando Fernández Bueno quer Josep Maria Ramon reclamam mais estudos sobre o impacto dos cigarros eletrónicos, mas consideram que, perante a atual evidência científica, vapear é 95% menos nocivo para a saúde do que fumar.

Estes dois clínicos pedem que as autoridades do país vizinho sigam o modelo já implementado na maioria dos principais países da Europa e citam, como exemplo, o que se passa no Reino Unido, onde o Serviço Nacional de Saúde inclui o cigarro eletrónico como um método eficaz para deixar o tabaco.

“Neste livro analisa-se todo o universo que envolve os cigarros eletrónicos e os seus líquidos, o seu aparecimento e as evoluções que foi sofrendo. O leitor poderá aprender sobre produtos de vaping e caminhos seguidos por diferentes países para reduzir os níveis de tabagismo, especialmente entre a população mais jovem”, pode ler-se no prefácio do livro, assinado pelo médico Fernando Fernández Bueno.

A segunda edição da obra atualiza a regulamentação do uso de cigarros eletrónicos na União Europeia que, de acordo com a autora, é muito clara, rigorosa e não permite situações de risco como aquela que aconteceu recentemente nos Estados Unidos da América. O objetivo de Silvia Taulés é que não restem dúvidas sobre o que significa vapear: não é fumar, porque não existe tabaco nem combustão.

Vapear. Mais vantagens que inconvenientes vem, assim, lançar luz sobre um tema que tem suscitado muitas dúvidas entre os consumidores e destacar a eficácia do vaping como forma de eliminar o tabaco da sociedade.