Estátuas vandalizadas. População ajuda PSP na identificação de suspeitos

Estátuas vandalizadas. População ajuda PSP na identificação de suspeitos


Informação “de grande relevo” de populares sobre momentos de vandalismo em estátuas tem sido fundamental. Sistemas de videovigilância também com papel preponderante.


Depois de vários incidentes com estátuas vandalizadas em Portugal – na sequência da morte do afro-americano George Floyd que não resistiu às intenções violentas de um polícia em Minneapolis, nos EUA -, a vigilância por parte das forças de segurança – e não só – tem continuado a ser essencial como forma de prevenção. E é com a ajuda tanto da população, que se tem mostrado atenta, como dos sistemas de videovigilância que a Polícia de Segurança Polícia (PSP) tem identificado suspeitos de vandalismo. Ao i, Nuno Carocha, porta-voz da PSP, explicou que o papel de quem vê estes atos de vandalismo tem sido preponderante.

“Tal como vem sendo habitual, contamos com o apoio da população que nos presta informação de grande relevo, tanto na vertente da prevenção como, também, no contexto de investigações em curso tendentes à identificação de suspeitos. Adicionalmente, consideramos de grande relevo referir o papel que a videovigilância tem desempenhado na proteção deste tipo de bens, constituindo uma boa solução no que concerne ao incremento de segurança e, quando necessário, na investigação da criminalidade”, sublinhou, admitindo também que, desde que a nível internacional se registou esta prática, a PSP identificou de imediato a possibilidade de ocorrerem “práticas semelhantes por mimetismo” em Portugal.

“Em articulação com as edilidades locais e outras entidades relevantes, procedemos ao levantamento do edificado que se encontre relacionado com figuras intimamente relacionadas com o esclavagismo. De entre o edificado identificado com o risco de vandalização tem sido mantida a necessária vigilância, mais uma vez em coordenação com outras entidades relevantes, no sentido de minimizar essa possibilidade”, concluiu Nuno Carocha.

Há cerca de uma semana, recorde-se, uma estátua do busto do fundador dos escuteiros, Baden Powell, foi vandalizada durante a madrugada na zona de Santa Clara, em Coimbra. A cabeça da estátua de pedra, instalada no meio de uma rotunda perto do Convento de São Francisco, foi arrancada, tendo sido este o último episódio do género. Já em Lisboa, a estátua do Padre António Vieira também foi alvo de vandalismo. Foi pintada de vermelho e nela escrita a palavra “descolonização”. E é nestes moldes que o vandalismo tem sido concretizado em esculturas ligadas ao colonialismo, ao segregacionismo e à escravatura.

Trump pede prisão
O Presidente dos EUA, Donald Trump, usou a rede social Twitter para exigir a prisão para os suspeitos de tentar derrubar a estátua de Andrew Jackson, ex-Presidente do país, num parque muito próximo da Casa Branca, partilhando fotografias dos manifestantes procurados por vandalização de propriedades federais. “Muitas pessoas detidas, com muitas mais sendo procuradas por vandalização de propriedades federais em Lafayette Park. Dez anos de prisão!”, escreveu o chefe de Estado.

Além disso, como forma de proteção e segurança, Donald Trump também assinou uma ordem executiva para proteger – além de estátuas – monumentos e memoriais. O objetivo é garantir que a lei e a ordem são cumpridas. “Estes incendiários, anarquistas, e agitadores foram em grande parte impedidos. Estou a fazer o que é necessário para manter as nossas comunidades seguras – e que aquelas pessoas sejam levadas à justiça!”, escreveu o americano, também no Twitter.