Estudo diz que 62% dos portugueses evitarão dar beijos e abraços após confinamento


Segundo o Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós COVID-19 62% dos portugueses evitarão dar beijos e abraços após o confinamento, 67% tomou maior consciência dos efeitos da luta contra as alterações climáticas, 65% assegura que evitará utilizar transortes públicos e mais de 47% afirma que os influenciadores tiveram um papel importante para o êxito da permanência das pessoas…


Segundo um estudo da consultora MARCO, Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós COVID-19, os portugueses irão alterar a forma como se comportarão no mundo pós-COVID-19.

Um dos primeiros resultados indica o cuidado extra que os portugueses terão com o contacto físico. "Os esperados reencontros estarão marcados pelas medidas de segurança e distanciamento social. De tal modo que 62% dos portugueses evitará dar beijos e abraços após o confinamento. Esta tendência mantém-se a nível internacional (61%), exceto no Brasil (42%), de onde os inquiridos afirmam que irão manter o contacto físico, apesar das indicações de aumento de contágios.".

Segundo Didier Lagae, CEO e Fundador da consultora de comunicação MARCO e Global e European PR Professional of the Year 2019, “a sociedade pós-COVID vai-se comportar de maneira muito diferente depois de superarmos o desconfinamento".

"Algo tão nosso quanto beijos e abraços praticamente desaparecerão, exceto em ambientes totalmente seguros. É claro que a sociedade e os negócios se estão a adaptar às marchas forçadas a essa realidade. Por outro lado, práticas como conscientização ambiental e a aplicação ideal do teletrabalho são algumas das lições que esta crise nos está a passar”, disse o fundador da consultora MARCO. 

Mudanças no nosso ambiente profissional

Um dos pontos mais destacados neste estudo foi a forma como "a sociedade pós-COVID será marcada pela crise económica, mas também por mudanças na maneira de trabalhar, na conscientização ambiental, na saúde e na higiene".

"Os setores que foram capazes de adaptar os seus serviços ao teletrabalho e ao comércio online estão a ser capazes de responder ao impacto da pandemia. Isso representou uma transformação para muitas empresas e residências em tempo recorde".

Contudo, como podemos ler no estudo enviado por e-mail pela consultor, "a maioria dos trabalhadores adotou esta modalidade [teletrabalho] positivamente", algo que levou 76% dos portugueses a afirmar "que gostariam de continuar a trabalhar de casa com mais frequência no futuro", uma opinião partilhada globalmente, "com uma média de 73% dos países inquiridos", nomeadamente, Espanha, Itália, Portugal, México, Colômbia e Brasil.

Mudanças na nossa consciência ambiental

A pausa obrigatória na atividade comercial teve efeitos colaterais na redução de emissões, gerando a maior queda nas emissões de CO2 alguma vez registada. Segundo a consultora, estas mudanças deixaram os cidadãos de todo o mundo "cientes da pegada inevitável que a nossa atividade tem no ambiente".

"Três em cada quatro entrevistados a nível internacional (73,5%) valorizam a luta contra as mudanças climáticas hoje mais do que antes da crise".

Contudo, o regresso ao trabalho será marcado por novos hábitos, nomeadamente o uso de transportes pessoais em detrimento de transportes públicos, que puderam contribuir para o aumento das emissões. "Mais de metade dos portugueses (65%) afirmam que evitarão utilizar transportes públicos sempre que possível".

O papel dos influenciadores

O relatório destacou ainda a forma como os influenciadores digitais e o movimento #FiqueEmCasa contribuiu para "a conscientização global da necessidade de confinamento". Em Portugal, menos de metade dos portugueses considerou que estes desempenharam um papel importante.

"Menos de metade dos portugueses (47%) considera o papel dos influenciadores uma chave no cumprimento do confinamento. Esta perceção é mantida entre todos os segmentos etários e países pesquisados, com o Brasil novamente, com 63%, o único que atribui aos seus influenciadores uma notável capacidade de sugestão".