Que Serviço Militar ‘voluntário’?…


Como é possível que quem não cumpriu o Serviço Militar possa decidir sobre questões que não conhece?


O Serviço Militar é uma obrigação de todos os cidadãos para com a Nação. Não há pagamentos de impostos voluntários, eles são coercivos. É uma obrigação de todos os cidadãos.

O conceito hodierno de Defesa Nacional implica o envolvimento de toda a Nação , enquadrada pelos Oficiais dos três ramos das Forças Armadas. Dito de outra forma mais simples: as Forças Armadas são o povo em armas, ou seja, o que Napoleão Bonaparte fez: democratizou a guerra.

Cabe a toda a população a defesa da Nação. Os militares ensinam e preparam o povo para a defesa da Nação, explicam o que é, e qual é a estratégia e o que é a tática e para que serve. A tática serve para ganhar uma batalha, a estratégia, para ganhar uma guerra.

Não é possível oferecer aos cidadãos a opção de servir a Nação. Ela tem que ser imposta, coerciva, tal como os impostos. Antigamente quem ficava isento do Serviço Militar tinha que pagar uma taxa (imposto) durante vários anos, para minorar o prejuízo para com o país, e quem cumpria esse Serviço, imposto, tinha prioridade no acesso a um emprego no Estado. Era um sistema coerente, lógico, justo e solidário, aonde todos tinham que defender o que é de todos, ou seja, o país.

Não compreendemos como é possível, que pessoas que não cumpriram o Serviço Militar, possam agora equacionar, discernir e decidir sobre questões que não conhecem e sobre situações que não viveram. O recrutamento de ‘jovens’, ente os 18 e os 35 anos, é de facto uma ideia ‘peregrina’ e que só pode passar pela cabeça de quem nunca geriu Recursos Humanos.

Quem, por lei, é obrigado a estudar até aos 18 anos, depois, ou continua a estudar, para arranjar uma profissão e um emprego estável, no futuro, ou se pensa ingressar nas Forças Armadas, também pensa numa carreira, num quadro qualquer, mas com garantias…

Mas se alguém aos 35 anos, que já não é jovem, (a juventude termina aos 30 anos), quer ingressar nas Forças Armadas é porque não sabe fazer nada de útil, teve, com certeza, um percurso errático e só vai levantar problemas às Forças Armadas. Claro que não estamos a pensar no recrutamento de voluntários para as messes militares e quartéis, como ‘baristas’, para ‘tirarem cafés’ para os vários militares do ativo…

Pode ser, no entanto, que a Senhora secretária de Estado de Recursos Humanos, consiga o que sociólogos experientes, em matéria de Recursos Humanos, consideram uma ideia Infantil, absurda e desenquadrada do espírito militar (que considera uma honra servir as Forças Armadas) e que será apenas o recrutamento de pessoas, não qualificadas, ou seja, trabalhadores Indiferenciados, como uma ‘oportunidade’ de ‘mão-de-obra’ barata!…

NOTA: Se estamos numa ‘guerra’, como altas ffguras do Estado afirmaram, então a única decisão a tomar é a reposição do Serviço Militar Obrigatório.

 

Sociólogo

Escreve quinzenalmente