Os Verdes Anos
A história que nos conta em Os Verdes Anos descreveu-a o próprio Paulo Rocha como “a história da iniciação de dois jovens provincianos nos problemas da cidade e do amor”. Com Isabel Ruth e Rui Gomes como protagonistas, este primeiro filme de Paulo Rocha que, juntamente com Belarmino, deu início ao movimento do Cinema Novo Português, é também uma das obras com que a Cinemateca inaugura a sua programação (já disponível) em streaming no seu site.
Lisboa, Crónica Anedótica
Também já disponível na página da Cinemateca está a primeira longa-metragem de Leitão de Barros (1896-1967). Exibido na versão digital restaurada que usou como referência uma cópia de distribuição de 1930, “um filme que combina influências estéticas e tradições artísticas tão diferentes como a reportagem jornalística, o teatro de revista, ou as vanguardas cinematográficas europeias” para um retrato da vida cultural lisboeta no final dos anos 1920.
Roma, cidade aberta
Inaugurando a sua quinta semana de Quarentena Cinéfila, a Medeia Filmes entrega-nos, a partir de hoje (e até às 12h de quinta-feira) a possibilidade de um regresso (ainda que sem a experiência que só a sala oferece) Roma, Cidade Aberta. Grande Prémio de Cannes em 1946, o ano da sua estreia, para Roberto Rossellini, que com este retrato da cidade ocupada pelas SS dirigiu a primeira grande produção do cinema italiano do pós-guerra, ajudando a lançar, com Visconti, o que seria o neorrealismo italiano.
Nostalgia
Vai-se Rossellini mas vem um outro mestre rendê-lo ao aconchego dos sofás das nossas casas. E mestre é a palavra, não fosse o homem Andrei Tarkovski, o cineasta soviético ao qual só Eisentein será na História capaz de fazer frente. Desta vez com Nostalgia (disponibilizado entre 16 de abril e as 12h de dia 18, também pela Medeia Filmes). Filme de 1983, altura em que tinha já deixado a União Soviética, com a história de um escritor russo que viaja a Itália para uma pesquisa sobre um compositor russo que aí vivera e depois se suicidara.
O Fabuloso Espetáculo de Lanterna Mágica
Na sua nova vida “em linha”, a Cinemateca não deixou de ter em conta os mais novos. Integrado no programa A Cinemateca Júnior Vai a Casa disponível online está já O Fabuloso Espetáculo de Lanterna Mágica do Professor Mervyn Heard (médico, pesquisador e “autor de uma obra que muito contribuiu para a História das Lanternas Mágicas” que morreu em 2017). Ovídeo foi gravado em 2012 no Salão Foz, em Lisboa, num sábado em família comemorativo do Dia Mundial da Criança, com a colaboração do Canal Panda.
I Was Interrupted
Numa das linhas de programação online da Cinemateca – Textos & Imagens, dedicada a reflexões suscitadas a partir de elementos do arquivo do Centro de Documentação e Informação – uma análise do livro I Was Interrupted, autobiografia de Nicholas Ray. Online, a Cinemateca disponibilizará ainda um conjunto de episódios a partir de gravações da série de sessões-conferência Histórias do Cinema. A começar por Bernard Eisenschitz, Nicholas Ray, Jean Douchet, Éric Rohmer, Naum Kleiman, S.M. Eisenstein e Laura Mulvey e Douglas Sirk.
Monos
Com o novo filme de Alejandro Landes, a Cinema Bold, da distribuidora Alambique, regressa às estreias. Na impossibilidade de o fazer em sala sabe-se lá por quanto tempo ainda, nos videoclubes das quatro operadoras de cabo (além do Filmin). Será apenas o primeiro do conjunto de seis estreias anunciadas até ao final de maio (uma a cada semana), numa programação que culmina com Ema, o mais recente do aclamado cineasta chileno Pablo Larraín.
Não me toques
Já disponível também no Filmin está Não Me Toques (Touch Me Not). E se vem como para lá de apropriado o título destamais recente longa-metragem da romena Adina Pintilie (que passou pela Berlinale e por Toronto), lembrar importa também que, pela mão da Leopardo Filmes, ao Filmin chegou acompanhada de um conjunto de obras do também romeno Corneliu Porumboiu, entre os quais o seu mais recente A Ilha dos Silvos, exibido no último Leffest.