A Altice Labs regressou ao ponto de partida para assinalar o seu 4.º aniversário. Em Aveiro, “quartel-general” da Altice Labs em Portugal, a empresa reuniu dirigentes, colaboradores e parceiros – institucionais e privados – para, em conjunto, comemorar o passado (e o que já foi concretizado) e dar as boas-vindas ao futuro, projetando o que se segue em matéria de inovação e desenvolvimento.
A Altice Labs herdou o legado da PT Inovação, projeto iniciado em 1950, numa altura em que a empresa passou a apostar no desenvolvimento da tecnologia de telecomunicações mais avançada à época: as Centrais Telefónicas Analógicas Automáticas. Este (pequeno) passo definiu o DNA da Altice Portugal e, decorridos todos estes anos, o projeto já se estendeu às regiões de Viseu, Madeira, Olhão e Açores. Como prenda de aniversario, os responsáveis anunciaram a abertura de um quinto polo: localizado em Oeiras (no Taguspark).
A cerimónia contou com os principais rostos do projeto, como Alcino Lavrador, diretor-geral da Altice Labs, e Alexandre Fonseca, presidente operadora. Aos presentes, o CEO reforçou a aposta na inovação e desenvolvimento “como um desígnio nacional”, que a empresa assume, como modelo e compromisso “para o bem do país, das famílias, do ensino e da ciência”. A premissa é simples, e passa por dar prioridade à captação do talento e da competência, reservando para o projeto os melhores, criar o futuro dentro de casa e, depois, usá-lo e exportá-lo para os quatro cantos do mundo. E é exatamente o que hoje acontece. Na Altice Labs, trabalham atualmente mais de 700 profissionais altamente qualificados, que diariamente procuram soluções avançadas de telecomunicações e sistemas de informação, sendo uma referência no mercado global, com produtos e soluções utilizadas em 60 países nos cinco continentes, beneficiando mais de 250 milhões de pessoas.
Segundo Alexandre Fonseca, a receita e o investimento são para continuar. Para tal, conta, como até aqui, com “a relação estreita com as autarquias e as universidades e instituto politécnicos”. “Este ecossistema, feito por parceiros públicos e privados, é o verdadeiro segredo do sucesso em Portugal e no mundo”, afirmou. E o investimento é para continuar: “Queremos continuar a crescer”, disse o presidente da operadora. Só nos últimos 10 anos, foram financiados mais de 5,4 milhões de euros em projetos de inovação e desenvolvimento com universidades portuguesas na vertente de exploração tecnológica. Em média, 540 mil euros anuais possibilitam a criação de conhecimento científico e dão a alunos de mestrado e doutoramento a possibilidade de antecipar tendências na tecnologia futura ao serviço da sociedade. Alguns destes financiamentos deram mesmo origem a startups que, hoje, estão no mercado de alta tecnologia e são parceiras da Altice.
A Altice Labs tem vindo a definir o desenvolvimento e a inovação como o seu pilar fundamental, trabalhando em parceria com câmaras municipais, universidades, instituições de I&D, parceiros, fornecedores e clientes. O desenvolvimento contínuo dos seus projetos colaborativos surgem numa estratégia sustentada de liderança tecnológica, em temas estratégicos como Inteligência Artificial & Machine Learning, tecnologias Cloud (computação e rede), Smart Living, Internet das Coisas, Big Data, Segurança & Privacidade, Serviços Digitais & Plataformas, 5G e Redes do Futuro.
Soluções na área da saúde A Altice Labs tem vindo a investir em soluções inovadoras na área da saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade e eficiência dos cuidados, não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo. No âmbito do seu 4.º aniversário, a entidade assinou um protocolo de colaboração com o Centro Cirúrgico de Coimbra, introduzindo a possibilidade de ser criada tecnologia capaz de identificar diagnósticos e tratamentos oftalmológicos espontâneos, através de uma simples fotografia. António Travassos, fundador e responsável pelo Centro Cirúrgico de Coimbra, confia “que a tecnologia possa, cada vez mais, dar o seu contributo para o setor da saúde”. Neste caso, crê ser um dia possível que “um simples telemóvel possa identificar os problemas e encontrar as soluções”, e espera que esse futuro possa chegar em breve, com o apoio da Altice Labs. Maria da Belém, conselheira da Fundação Altice Portugal, também marcou presença na cerimónia, deixando elogios à “parceria de excelência” que acredita vir a ser “um somatório de sucessos”.
Descentralização em Oeiras No seguimento da sua estratégia de descentralização dos seus laboratórios em Portugal, a Altice Labs vai inaugurar o seu novo polo em Oeiras, no designado Oeiras Valley, no Taguspark. O acordo entre a operadora e Câmara de Oeiras visa criar um projeto inédito de investigação e inovação, que está inserido na estratégia do município, idealizada para a revitalização e expansão daquele polo tecnológico. O presidente da autarquia, Isaltino Morais, descreveu este projeto como exemplo de “ousar, arriscar e experimentar”. E acrescentou: “O que falamos hoje é de futuro, de pessoas, e de como a tecnologia pode melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, referiu o autarca.
Isaltino Morais aproveitou a ocasião para anunciar os planos para o futuro do Taguspark, que prevê um aumento da sua área para os 295 hectares, naquilo que será um investimento público de 400 milhões de euros e privado de dois mil milhões de euros, durante os próximos cinco anos. “O mérito de Oeiras ser hoje o segundo concelho com maior volume de negócios [num valor estimado de 24 mil milhões de euros, segundo o autarca] foi justamente o de arriscar e acreditar que o futuro não estava nas indústrias pesadas e poluentes, mas na inovação e no desenvolvimento tecnológico”, concluiu Isaltino Morais.
Projetos para o futuro O evento foi aproveitado para a Altice Labs apresentar os seus novos projetos. Em destaque, esteve o projeto “Solar Keeper – SAP”, que pretende instalar placares estáticos em praias, escolas e outros locais, com informação pública sobre a incidência de radiações solares UVB e as precauções que devem ser adotadas em cada situação. O projeto – concretizado através de uma parceria entre Altice e a Brightfloats – conta também com a colaboração do ISN – Instituto de Socorros a Náufragos e da ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa e integra ainda um sistema de comunicações eletrónico, desenvolvido pela Altice Labs, dedicado à atualização quinzenal de informação referente à qualidade da água de banhos e da areia, contribuindo para a prevenção de situações graves para a saúde.
Já o projeto Cabine Imersiva – outra novidade à disposição dos visitantes – promete dar uma segunda vida às “velhas” cabinas telefónicas, transformando-as num sistema interativo de visualização imersiva de vídeo 360°, sem necessidade de utilização de headset, óculos ou dispositivos similares. O visitante irá sentir-se transportado, numa experiência que vai unir imagem e som. Através deste ambiente artificial, com um leque infinito de possibilidades, as pessoas passam a poder “visitar” todos os lugares sem necessitar de se deslocar – como cidades, natureza, espaço, ou visitas virtuais a museus e espaços de trabalho.