“Não vão a Wuhan”. Com mais de 400 casos, China tenta conter vírus na cidade onde tudo começou

“Não vão a Wuhan”. Com mais de 400 casos, China tenta conter vírus na cidade onde tudo começou


Autoridades chinesas tentam conter o surto a Wuhan, a cidade onde foi detetado o novo coronavírus que já provocou nove mortes.


As autoridades chinesas fizeram nas últimas horas o apelo para que ninguém vá a Wuhan e para que quem está na cidade não saia. Li Bin, vice-presidente da comissão nacional de saúde do país, sublinhou o conselho que já tinha sido dado por Zhong Nanshan, um dos peritos que lidera as investigações em torno do novo vírus, e apelou ao sentido de responsabilidade. “Se não houver uma necessidade urgente, pessoas de fora não devem visitar Wuhan. Os residentes de Wuhan não devem deixar a cidade a menos que existam circunstâncias especiais. Desta forma conseguiremos reduzir o fluxo de pessoas e diminuir a possibilidade de contágio e desta forma a prevenção e controlo poderá ter sucesso”, afirmou.

Esta quarta-feira é esperada a decisão da Organização Mundial de Saúde sobre uma declaração de emergência pública de importância internacional. Segundo o último balanço do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças, estão agora confirmados laboratorialmente 498 casos de pneumonia causada pelo novo coronavírus identificado em Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes. O número de mortes subiu para nove. Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Tawain e Estados Unidos já registaram casos importados, todos doentes que tinham estado na cidade chinesa. Pensa-se que o surto terá começado com o contágio a partir de animais, supostamente num mercado local, havendo alguns casos de transmissão entre humanos. A origem e modo de transmissão ainda não foram determinados.

Segundo o último balanço das autoridades chinesas, em 440 casos confirmados no país, apenas 25 doentes estão já curados. Há ainda 170 casos suspeitos.