Dino D’Santiago – Vocalista – Cabo-Verde
O músico que fez parte de projetos como Expensive Soul e que no ano passado lançou o seu terceiro álbum, Mundu Nôbu, apesar de não ter participado diretamente no disco foi um dos principais arquitetos de Madame X, servindo como um intermediário entre a cantora e as diversas culturas portuguesas, introduzindo-a não só na música tradicional mas apresentando-a também a ritmos de angolanos, moçambicanos ou crioulos.
Diplo – Produtor – Estados Unidos da América
Um nome incontornável da EDM e um dos produtores mais bem-sucedidos dos últimos anos. Diplo, membro dos Major Lazer, que tem uma forte ligação à música portuguesa, esteve envolvido no início dos Buraka Som Sistema e produziu a batida de Future, música que abre com uns melancólicos acordes de piano, mas depressa retorna para as influências mais globais com uma batida que casa o reggae com o hip-hop.
Gaspar Varela – Guitarra portuguesa – Portugal
Considerado como o futuro da guitarra portuguesa, Gaspar Varela vem de uma família com forte tradição de fado: a sua bisavó era a fadista Celeste Rodrigues, irmã de Amália. Mesmo depois da morte de Celeste, em agosto de 2018, continuou ligado a Madonna e, agora, o guitarrista não só colaborou em Madame X com a sua guitarra portuguesa como faz parte da banda que acompanha Madonna nesta nova tour.
Anitta – Cantora – Brasil
Um dos nomes mais reconhecidos do funk brasileiro, a autora de Show das Poderosas esteve presente numa das faixas mais antecipadas do álbum, Faz Gostoso, uma interpretação da música original da luso-brasileira ex-Buraka Som Sistema Blaya em que os ritmos kuduro foram substituídos por influências latinas do reggaeton. Esta versão da música mistura o inglês com o português, duas línguas que são cantadas pela americana.
Maluma – Cantor – Colômbia
A sua voz surgiu logo no primeiro single do álbum, Medellín, em que as influências latinas do reggaeton se destacam, assim como a química com a Material Girl. Muitos fãs da cantora utilizaram as redes sociais para mostrarem o desagrado com o caráter sexual da letra, ao qual ele respondeu: “A pessoa que fica mais magoada quando me chamam machista é a minha mãe. Ela criou-me a mim e à minha irmã. A primeira coisa que aprendi foi a respeitar as mulheres”.
Mykki Blanco – Rapper e produtor – Estados Unidos da América
O artista, que reside em Portugal, estava no IKEA de Lisboa a procurar um sofá para o seu apartamento quando recebeu uma mensagem de Madonna. O que começou como uma surreal chamada telefónica numa cozinha falsa materializou-se em Mykki interpretar Joana d’Arc no videoclipe de Dark Ballet – forma de representar as pressões da sociedade na comunidade LGBTQ. “Tu também tinhas sido queimado numa estaca”, terá dito a cantora ao rapper.
Kimi Djabate – Vocalista e guitarrista – Guiné-Bissau
O músico nasceu numa família pobre mas com bastantes dotes musicais, algo que desde muito novo foi incutido na sua vida: aos três anos começou a aprender a tocar balafon, um instrumento típico africano que se assemelha ao xilofone. Chegou com 14 anos, em 1995, a Portugal, onde conseguiu dedicar-se exclusivamente à música. O guineense conheceu Madonna por intermédio de Dino D’Santiago e participou na faixa Bella Ciao, onde canta em mandinga.
Quavo – Rapper – Estados Unidos da América
Membro fundador do influente grupo de trap Migos, que no ano passado esteve no festival Super Bock Super Rock, no Meco, o rapper participou na supramencionada música Future, onde oferece umas barras de hip-hop à letra da rainha da pop e uns ad-libs que tanto caracterizam o seu trabalho. Quavo foi inclusive convidado por Madonna para atuar com ela na controversa performance no Festival da Eurovisão em Israel onde procurou expor os violentos crimes desta nação.