Entre os mais recentes filmes de Damien Chazelle, Olivier Assayas, Roman Polanski, Noah Baumbach, Pablo Larraín e Steven Soderbergh, entre outros, compete pelo Leão de Ouro no 76.º Festival de Cinema de Veneza A Herdade, de Tiago Guedes. Uma coprodução entre a Leopardo Filmes e a Alfama Filmes, ambas de Paulo Branco, que marca o regresso do cinema português ao fim de 14 anos de ausência da competição daquele que é um dos mais importantes festivais de cinema do mundo.
Com argumento de Tiago Guedes e Rui Cardoso Martins, em colaboração com o argumentista francês Gilles Taurand, e Albano Jerónimo, Sandra Faleiro e Miguel Borges entre o elenco, A Herdade é “saga de uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa”, na margem sul do Tejo, num “retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal” desde a década de 1940 até aos dias de hoje. Depois de Veneza, o novo filme de Tiago Guedes viajará até ao Festival de Cinema de Toronto, onde fará a sua estreia americana.
Na programação de curtas-metragens da Orizzonti, secção que aposta nas novas tendências estéticas e expressivas do cinema internacional, estreia também um novo filme de Leonor Teles, que em 2016 venceu em Berlim o Urso de Ouro das curtas com Balada de um Batráquio. Em Veneza, nessa mesma secção em que em 2016 Marco Martins levou São Jorge (que deu a Nuno Lopes o prémio de melhor ator), a jovem realizadora estreia-se com a curta-metragem Cães que Ladram aos Pássaros.
O 76.º Festival de Cinema de Veneza arranca no próximo dia 28 de agosto, com La Vérité, do japonês Hirokazu Kore-eda.