Marques Mendes: “Se o PS não tiver maioria absoluta, a sua vitória vai ter um sabor amargo”

Marques Mendes: “Se o PS não tiver maioria absoluta, a sua vitória vai ter um sabor amargo”


Comentador e antigo líder do PSD acusou ainda o PS de ter tiques de “arrogância” e interpretou as palavras do líder parlamentar do PS sobre os parceiros de esquerda, designadamente, o BE, como “ingratidão”.


O comentador da SIC e antigo líder do PSD Marques Mendes afirmou este domingo que "se o PS não tiver maioria absoluta [nas legislativas de 6 de outubro], a sua vitória vai ter um sabor amargo". O comentador lembrou, a este propósito, o resultado do PS em 1999, com António Guterres, onde falhou por pouco os 116 deputados.

Na revista da semana, o antigo líder do PSD considerou ainda que o discurso de Carlos César, presidente do PS, nas jornadas parlamentares do partido, com um registo mais crítico para o Bloco de Esquerda, revelou, de alguma forma "ingratidão". Para Mendes, os apelos à maioria absoluta foram claros, admitindo que se percebe o objetivo, que é o de  "descolar da esquerda e entrar no eleitorado do centro".

Sobre as alterações ao Estatuto do Ministério Público, numa semana marcada pelo combate à corrupção, Marques Mendes criticou os dois principais partidos e elogiou a atitude do presidente da República. Mendes interpretou o telefonema de Marcelo Rebelo de Sousa à procuradora-geral da República, Lucília Gago, como um "puxão de orelhas" ao PS e ao PSD. Na conversa, Marcelo destacou a importância da independência e da autonomia do Ministério Público no combate à corrupção. Em causa estavam as mexidas na composição do Conselho Superior do Ministério Público,  entretanto, chumbadas no Parlamento. As propostas em cima da mesa ( sobretudo as do PSD) reduziam o peso dos magistrados na composição do Conselho Superior do Ministério Público.