Ordem dos Médicos Dentistas alerta para fatores prejudiciais dos cigarros eletrónicos

Ordem dos Médicos Dentistas alerta para fatores prejudiciais dos cigarros eletrónicos


Ordem dos Médicos Dentistas quer “maior controlo na comercialização de cigarros eletrónicos”


Esta terça-feira, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) lançou o alerta sobre os cigarros eletrónicos e os fatores prejudiciais que estes têm para a saúde. Este alerta foi lançado com o objetivo de exigir um "maior controlo na comercialização de cigarros eletrónicos e a proibição de qualquer tipo de publicidade, incluindo publicidade encapotada nas redes sociais".

Em comunicado, a OMD explica que na base desta preocupação estão as alegações da indústria dos cigarros eletrónicos – que afirma existir um risco reduzido para a saúde associado aos mesmos. “O menor risco, que ainda não está sequer provado que assim seja, não significa que estes cigarros electrónicos sejam inócuos para a saúde, muito pelo contrário”, sublinha o bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva.

Apesar de serem considerados como cigarros que têm um nível menor de risco para a saúde da população, o bastonário reforça a ideia de que tal facto não se aplica. E justifica que a falta de regulação existente “não permite saber qual a composição dos líquidos, que é diversa e muito variada. Sabe-se que contém substâncias como propilenoglicol, glicerina e, claro, nicotina, e já foram detetados carcinógenos, como aldeídos, carbonatos e metais pesados”. Orlando Monteiro da Silva considera ainda que a população não se encontra avisada para os riscos associados a estes cigarros, reforçando a ideia de que é necessário consciencializar a população.

Estudos científicos demonstram que utilizadores de cigarros eletrónicos “têm maior probabilidade de apresentar xerostomia (boca seca), estomatite, língua pilosa ou queilite angular. O consumo destes cigarros contribui ainda para a progressão da doença periodontal (da gengiva)”, como cita o jornal Público.