O Rio Minho vai receber na próxima sexta-feira um repovoamento de sete mil salmões juvenis, informou Pedro Costa, o capitão do Porto de Caminha à agência Lusa.
Esta ação pertence ao projeto Migra Minho/Miño, da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).
Pedro Costa explicou que "as ações de repovoamento de salmões no troço internacional do rio Minho decorrem desde 1999 e que, até aos dias de hoje, cerca de 600.000 salmões já foram colocados nas águas do rio internacional".
A ação será feita entre Valença e Tui, entre as 10h30m e as 12h. Contará com a participação de crianças de nove e dez anos, de duas turmas de escolas das duas cidades. A Autoridade Marítima Nacional, a Armada Espanhola, a DGRM, a Junta da Galiza e o Aquamuseu do Rio Minho vão marcar a sua presença na ação.
O objetivo do repovoamento é a mobilidade, a preservação dos animais e dos seus habitats, bem como a proteção na natureza e das espécies, não só os salmonídeos como também as alosas, enguia, truta marisca e lampreia marinha que fazem igualmente parte do Migra Minho/Miño.
Porém esta próxima ação visa também assinalar o Ano Internacional do Salmão. O denominado Rei dos Peixes, em vias de extinção, tem o ano de 2019 dedicado a si. Segundo a DGRM é uma celebração a nível global, que conta com o envolvimento da NASCO – Organização para a conservação do Salmão do Atlântico Norte, e da NPAFC – Comissão do Pacífico Norte para as pescarias de espécies anádromas.
O Migra Minho/Miño foca-se em ações conjuntas luso-galaicas, da Junta da Galiza e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O projeto é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), e apresentou até então um custo de 2,2 milhões de euros. Começou em 2017 e deve terminar este ano. De 2017 a 2018 o rio foi repovoado com mais de 78 mil salmões juvenis.
De acordo com o site oficial do projeto, o Migra Minho/Miño “visa melhorar a proteção e a conservação do habitat fluvial da sub-bacia do troço internacional do rio Minho, desde a barragem de Frieira (província de Ourense) até a sua desembocadura, com atuações de melhoria do estado de conservação dos leitos fluviais e das espécies de peixes migradores presentes no rio Minho e nos seus afluentes.” Além disto, quer solucionar as demandas político-sociais de proteção e melhoramento do estado natural do “troço internacional” do rio Minho.